Um sumol, um sumol, o bom sabor da selva: em cada pacotinho, uma festa de oito frutos. Robbialac, o bom saaaaai bem. Diga bom dia com bongo, bongo. Cevada, chicória e centeio é a sua composição. Pescanova é a bebida que aquece o coração. Um Mokambo para ti, um Mokambo para mim. Stucomat é uma grande tinta, Stucomat é Trinaranjus. Para o Natal, o meu presente, eu quero que seja, o meu Calippo, o meu Calippo.

Chi-ça, que confusão. Isto não bate a bota com a perdigota. De jeito nenhum, está tudo trocado. É o Porto 2016-17: um ponto em seis possíveis na Liga dos Campeões e quatro em nove nas deslocações para o campeonato nacional (Rio Ave, três; Sporting, zero; Tondela, um). Para cúmulo, uma só vitória (Boavista) nos últimos quatro jogos (FC Copenhaga empate, Tondela empate, Leicester derrota). Vem aí o Nacional. Que é bom? Assim-assim: nos últimos dois jogos, 5-0 em golos; nos anteriores quatro, tudo derrotas.

Vamos lá ver quem se endireita em definitivo. A bola sai e o Porto nunca mais a larga. É um ver-se-te-avias de proporções raras. O domínio é intenso, em toda a linha. O Nacional acaba a primeira parte sem um remate à baliza. Nem um. Casillas só dá sinais de si numa saída tranquila a um canto marcado por Salvador Agra, aos 32′. Isso mesmo, trinta-e-dois. E nem se estica por ali além. O Nacional é pobre. Culpa de um Porto vivo, aglutinador. Culpa de um elemento acima dos demais: Diogo Jota.

Aos 19 anos, o avançado de Massarelos faz a estreia oficial como titular do Porto e marca três golos em 33 minutos. O espetáculo começa aos 11′, numa tabela com o capitão Herrera. Desse dois-um que deixa os defesas do Nacional sem reação, Diogo Jota recebe na área e atira com o pé esquerdo à saída de Rui Silva. A receita repete-se aos 38′, agora lançado por André Silva. Pronto, dois-dois. Hã? Dois golos de Diogo Jota contra duas defesas de Rui Silva. Sim, o guarda-redes do Nacional nega o golo ao jovem irrequieto aos 25′ e 26′.

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Dois-dois? Temos de ir para tie-break. Meu dito, meu feito. Otávio liberta Layún e o mexicano cruza para a entrada da área, ao segundo poste. Rui Silva sai-se mal, a apanhar bonés, e Diogo Jota conclui de cabeça, meio na expectativa meio sem querer. Três-zero ao intervalo é dose. A dose do Porto numa receita aviada por Diogo Jota, o primeiro portista a assinar um hat-trick ao Nacional, na Madeira (pulveriza os bis de Domingos, Hulks, Falcoes e Varelas). E o último número 19 do Porto a marcar três golos num jogo? James vs Vitória (6-2), na final da Taça 2010-2011

O pós-intervalo é mais penoso ainda para o Nacional, que sofre o 4-0 por André Silva. E fecha a loja? Nem por isso. Aos 89′, Layún atira a bola à trave na sequência de um livre direto e a recarga artística de Herrera, em forma de bicicleta, sai ligeiramente ao lado. O que é Porto é bom, esse é o slogan correto. Não é? Seja como for, é tudo daqui da Horta (Açores), onde seguimos a par e passo as incidências da Madeira. Amanhã há mais.

Sob arbitragem competente de Rui Sousa, eis os atores:

NACIONAL: Rui Silva; Vítor Gonçalves (Roniel, 63′), Tobias Figueiredo, Rui Correia e Nuno Sequeira; César, Aly Ghazal (Jota, 46′) e Washington; Witi (Ricardo Gomes, 46′), Hamzaoui e Salvador Agra. Treinador: Manuel Machado (português)
FC PORTO: Casillas; Layún, Felipe, Marcano e Alex Telles; Danilo (Rúben Neves, 80′); Herrera, Óliver e Otávio (Brahimi, 76′); André Silva e Diogo Jota (Maxi, 72′). Treinador: Nuno Espírito Santo (português)
Marcadores: 0-1, Diogo Jota (11′); 0-2, Diogo Jota (38′); 0-3, Diogo Jota (44′); 0-4, André Silva (58′)
Indisciplina: expulsão de Tobias Figueiredo (88′, duplo amarelo)