Os meios de combate a incêndios florestais vão ser reduzidos a partir deste sábado com o início da fase “delta”, passando a estar no terreno 5.519 operacionais, 1.293 veículos e 22 meios aéreos.
A fase “delta” de combate a incêndios florestais, período com risco moderado prolonga-se até 31 de outubro.
Segundo o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF), integram a fase “delta” até 5.517 elementos e 1.293 veículos, estando disponíveis 22 meios aéreos até dia 05 e 18 até 15 outubro.
A ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, já avançou com um reforço de meios operacionais adicionais caso exista necessidade.
Esta semana, o Governo anunciou que foi prorrogado até 15 de outubro o período crítico do Sistema de Defesa da Floresta contra incêndio que prevê medidas especiais de prevenção, nomeadamente a interdição do acesso a zonas críticas, impossibilidade de realização de queimadas, proibição da realização de fogueiras, queima de sobrantes das explorações agrícolas e lançamento de qualquer tipo de foguetes.
O último relatório do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), com dados referentes até 15 de setembro, indica que a área ardida foi a maior dos últimos 10 anos.
Segundo o relatório provisório, os incêndios consumiram, entre 01 de janeiro e 15 de setembro, um total de 146.633 hectares, valor que mais do que duplicou em relação ao mesmo período de 2015.
Já o número de ocorrências de fogo baixou cerca de 16 por cento, tendo ocorrido este ano 11.160 incêndios, menos 2.252 face a 2015.
Os distritos mais afetados pelos incêndios foram o do Porto (3.775), Braga (1.342) e Aveiro (1073), enquanto os mais fustigados pelas chamas, em termos de área ardida, foram Aveiro (47.088 hectares), Viana do Castelo (26.887) e Porto (14.005).
O relatório refere também que, devido às condições meteorológicas adversas favoráveis à propagação de incêndios florestais, a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) decretou 39 dias em estado de alerta especial (EAE) de nível amarelo ou laranja em julho, agosto e setembro.
A área ardida em agosto totaliza 115.973 hectares, cerca de 79% do valor total de 2016, num ano em que se registaram 163 grandes incêndios florestais.
Os dados do ICNF mostram ainda que o fogo com mais área ardida foi o que começou a 08 de agosto no concelho de Arouca, distrito de Aveiro, onde as chamas consumido mais de 25.000 hectares.
Estes dados não incluem os incêndios que também ocorreram, na segunda semana de agosto, na Madeira, que provocaram três mortos, um ferido grave e centenas de deslocados e desalojados, sobretudo no concelho do Funchal.