O atual bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, e os seus antecessores António Gentil Martins, Carlos Soares Ribeiro, Germano Sousa e Pedro Nunes subscrevem uma declaração, divulgada esta segunda-feira, em que se manifestam contra a prática da eutanásia, o suicídio assistido e a distanásia.

Esta tomada de posição conjunta surge na sequência do primeiro caso de eutanásia infantil na Bélgica e numa altura em que e o Bloco de Esquerda se prepara para levar à discussão em plenário uma petição pelo “direito a morrer com dignidade” com mais de oito mil assinaturas.

Germano de Sousa, ex-bastonário da Ordem dos Médicos entre 1999 e 2005, afirmou em comunicado:

Considerando as anunciadas tentativas de legalização da Eutanásia, os sucessivos bastonários da Ordem dos Médicos, seriamente preocupados pelas consequências éticas, deontológicas e sociais duma eventual aprovação pelo parlamento dessa forma de infligir a morte entenderam redigir a presente declaração dirigida aos médicos e a todos os portugueses, alertando-os contra tal posição, pelo que solicitam a divulgação da mesma”.

Os cinco bastonários opõem-se frontalmente à eutanásia, considerando que “não é mais do que tirar a vida”, assim como o suicídio assistido, afirmando que os médicos que o fazem negam a profissão. Contudo, os profissionais de saúde recusam igualmente a distanásia, por prolongar a vida de doentes sem possibilidade de recuperação.

O médico que as pratique nega o essencial da sua profissão, tornando-se causa da maior insegurança nos doentes e gerador de mortes inaceitáveis”, alertaram os bastonários ao Público.

A petição contra a legalização da eutanásia, “Toda a Vida tem Dignidade”, lançada pela Federação Portuguesa pela Vida, conta com cerca de 1o mil assinaturas, segundo números da organização avançados pelo DN.

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