O primeiro-ministro, António Costa, manifestou-se esta segunda-feira, em Estocolmo, contra operações diplomáticas “à última hora” na corrida ao cargo de secretário-geral das Nações Unidos e disse esperar que ganhe efetivamente “o melhor”, ou seja, António Guterres.
Numa conferência de imprensa conjunta com o seu homólogo sueco, Costa, questionado pela imprensa sueca sobre a corrida à liderança da ONU, reforçou que António Guterres é “certamente o melhor candidato, como em cinco votações consecutivas os membros do Conselho de Segurança puderam expressar ao longo destes meses”.
Já o chefe de Governo sueco, Stefan Löfven, questionado pelos jornalistas portugueses sobre o candidato António Guterres e a entrada em cena da búlgara Kristalina Georgieva, vice-presidente da Comissão Europeia que se tornou candidata “à última hora”, limitou-se a apontar que “a Suécia não apoia nenhum candidato em particular”, reconhecendo que o candidato português é “muito qualificado, assim como outros”.
António Costa desenvolveu mais o assunto, para partir de novo em defesa de António Guterres e da forma como o processo de eleição estava a decorrer até agora.
“Achamos que é um passo muito positivo as Nações Unidas, pela primeira vez, terem adotado um processo transparente (…) e que desta vez a escolha não seja feita nas chancelarias entre acordos diplomáticos, mas de forma aberta. E por isso não cremos que seja positivo que este esforço de transparência seja comprometido à última hora com operações diplomáticas que desvalorizem aquilo que foi o trabalho de tantos candidatos e candidatas de tantos países e continentes, que ao longo destes meses se submeteram à discussão pública para saber quem é o melhor. O que nós desejamos é que ganhe o melhor”, declarou.