A caverna mais profunda do mundo foi descoberta na República Checa. O “Abismo de Hranice” – também chamada pelos checos de Hranicka Propast – fica perto da cidade que lhe dá nome e tem pelo menos 404 metros de profundidade. É doze metros maior do que o Pozzo del Merro em Itália, até agora registada como a caverna mais abismal do planeta, garante a Sociedade Espeleóloga Checa.

A profundidade da caverna foi determinada através de um medidor ligado a um robô equipado com um cabo. No final de setembro, o explorador polaco Krzysztof Starnawski aventurou-se e desceu a 200 metros da gruta. Foi o primeiro ser humano a entrar no poço de pedra calcária. Nessa viagem, onde se disse ter sentido “como um Cristóvão Colombo do século XXI”, Starnawski montou um robô subaquático controlado remotamente que chegou à profundidade de 404 metros. No entanto, os exploradores admitem que a caverna pode ser ainda maior: a máquina ainda não tocou no fundo do buraco, mas o cabo usado não lhe permitia ir mais longe. Na verdade, os relatórios dizem que “a essa profundidade, o fundo da caverna ainda nem sequer aparecia nos radares”.

Era impossível fazer estes cálculos sem a ajuda da tecnologia: quando Starnawski entrou pela primeira vez na gruta chegou aos 265 metros de profundidade, mas teve de passar as seis horas seguintes numa sala de descompressão. Mas até para as máquinas este abismo é perigoso: a água está a 15ºC e tem regiões onde se apresenta muito turva. Além disso, a sua composição mineral pode danificar o material. Para a National Geographic, que financiou parte desta investigação, é “um preço a pagar pela descoberta e que vale a pena pagar”.

Veja algumas imagens da caverna na fotogaleria.

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