O Papa Francisco deslocou-se esta terça-feira de manhã a Amatrice, uma das vilas mais afetadas pelo sismo que abalou o centro de Itália a 24 de agosto. O pontífice, que chegou de surpresa apenas acompanhado por um bispo num carro, encontrou-se imediatamente com alguns familiares das 290 vítimas mortais, a quem expressou solidariedade.
“Não vim mais cedo para não vos criar problemas, tendo em conta a vossa condição. Não quero dar causar-vos transtornos”, disse Francisco à chegada a Amatrice. “Rezo por vós”, disse ainda aos afetados pelo terramoto.
#Amatrice, #PapaFrancesco prega fra le macerie
( foto via @GregBurkeRome) pic.twitter.com/YlMJZWKXtA— L'Osservatore Romano (@oss_romano) October 4, 2016
O chefe da Igreja Católica já tinha anunciado a intenção de se deslocar a Amatrice, mas não avançou, na ocasião, qualquer data. No domingo, no regresso de uma visita à Geórgia e ao Azerbaijão, explicou que tencionava fazer a visita “a título privado, sozinho, como padre, bispo e papa, mas sozinho”, de forma a estar “perto das pessoas”.
Depois de visitar Amatrice, o Papa deslocar-se-á ainda a outras zonas fustigadas pelo sismo de agosto, que devastou várias vilas e cidades da zona dos Apeninos.
Cerca de 1.800 sinistrados continuam em tendas ou em hotéis nos arredores, de acordo com o último balanço, divulgado na semana passada, pela proteção civil italiana. O sismo, que foi sentido em Roma, a 150 quilómetros do epicentro perto de Amatrice, matou 297 pessoas e deixou centenas de feridos. Cerca de dois terços das mortes ocorreram em Amatrice, uma zona turística popular, onde se encontravam muitas pessoas de férias, no pico do verão. O terramoto atingiu uma zona a apenas 50 quilómetros da cidade de L’Aquila, destruída por um sismo em 2009, que causou mais de 300 mortos.