O Parlamento da Catalunha aprovou, esta quinta-feira, um resolução que prevê a realização de um referendo unilateral sobre a independência da região antes de setembro de 2017. Segundo relata o jornal La Vanguardia, a resolução foi aprovada com os votos do partido CUP (partido de extrema-esquerda) e do Junts pel Sí (coligação que congrega forças da esquerda à direita ue têm em comum o objetivo de a Catalunha se tornar independente), com a abstenção do Catalunya Sí que es Pot (Podemos Catalunha) e a oposição do PSC (Partido dos Socialistas da Catalunha). PP e Ciudadanos recusaram-se a participar da votação.

A resolução, sustentada por uma maioria absoluta de 72 deputados, estabelece o direito “inalienável à autodeterminação” que legitima um referendo com uma “pergunta clara e resposta binária”, com ou sem acordo do Estado. A medida também define a realização de eleições constituintes seis meses depois da consulta, num prazo que pode chegar a março de 2018.

A aprovação da medida gerou críticas dos porta-vozes de diferentes grupos parlamentares. Para Carlos Carrizosa, do Ciudadanos, o referendo “esconde” outras resoluções que “importam aos catalães no campo social e económico”. Eva Granados, porta-voz do PSC, seguiu a mesma linha, ao criticar a “obsessão” do governo pelo referendo e “esquecer outras prioridades”.

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