“Lisboa parece que ganhou o Euromilhões e não sabe o que há de fazer ao dinheiro. Há dinheiro mas não há cabeça“, afirma José Eduardo Martins em entrevista publicada este sábado pelo Diário de Notícias. O coordenador do programa do PSD para as autárquicas em Lisboa fala, também, dos rumores de que a sua nomeação para esse cargo tenha sido uma provocação a Passos Coelho, de quem é crítico. Essa análise é “manifestamente exagerada”, afirma o advogado.
Muito crítico de Fernando Medina, atual presidente da Câmara de Lisboa, José Eduardo Martins fala das “taxas [que] aumentaram brutalmente no ano passado, como se resolveu o problema do aeroporto – Lisboa parece que ganhou o Euromilhões e não sabe o que há de fazer ao dinheiro”.
E qual é a visão de José Eduardo Martins para a cidade? “O que queremos no futuro é uma cidade com mais pessoas, um tecido social rejuvenescido, com menos ilhas dentro da cidade. Para ser mais moderna, mais dinâmica, mais empreendedora tem antes de mais de inverter este problema demográfico de ter expulsado um conjunto de lisboetas da cidade”, diz o responsável, na entrevista ao Diário de Notícias.
Apesar das ideias, José Eduardo Martins não se mostra disponível para concorrer à Câmara de Lisboa. “Expliquei a quem me convidou que a minha disponibilidade era mesmo para ajudar no plano das ideias e da construção do programa. E com clareza disse que não seria candidato à câmara de Lisboa. O partido terá uma candidatura a seu tempo”, garante.
O advogado disse esta semana que o “candidato natural” do PSD seria Pedro Santana Lopes.