(notícia corrigida às 11h08 com frase corretamente atribuída a Fernando Faria de Oliveira)

“É relativamente baixa a procura de crédito que satisfaz os critérios de concessão e de gestão de risco que os bancos estão obrigados a cumprir”. Esta é uma das justificações avançadas por Fernando Faria de Oliveira, presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB), para a acumulação de liquidez por parte dos bancos. Segundo o Diário de Notícias, que cita dados do Banco de Portugal, a banca portuguesa tem 4.000 milhões de euros em excesso de liquidez, ou seja, recursos que excedem os mínimos exigidos pelo regulador e que não estão a ser colocados na economia real via crédito.

Num comentário à informação do Diário de Notícias, Faria de Oliveira avança com algumas explicações sobre porque não há mais crédito em Portugal. “A procura de financiamento bancário está francamente abaixo da capacidade de oferta dos bancos. Por outro lado, é relativamente baixa a procura de crédito que satisfaz os critérios de concessão e de gestão de risco que os bancos estão obrigados a cumprir”, diz o presidente da APB.

“Em Portugal como no resto da Europa, as novas regras de Basileia III trouxeram exigências acrescidas quanto às almofadas de liquidez (de elevada qualidade) que os bancos têm, obrigatoriamente, de deter e que ultrapassa as reservas mínimas que, historicamente, a banca sempre teve de deter. O objetivo, com estas recentes novas imposições a nível europeu, é o de reforçar a solidez dos balanços das instituições e justifica, também, o excesso de liquidez existente na Europa”, argumenta Faria de Oliveira.

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