A Coreia do Norte expulsou o seu vice-ministro dos Negócios Estrangeiros como punição pela deserção do país do vice-embaixador para o Reino Unido, noticia esta quarta-feira a imprensa sul-coreana.

O jornal JoongAng Ilbo cita uma fonte anónima próxima dos assuntos norte-coreanos, que afirma que Kung Sok-Ung foi removido do seu cargo e expulso da capital, Pyongyang, enviado para uma zona rural com a sua família.

A decisão terá sido tomada pelo líder do país, Kim Jong-un, após a deserção do vice-embaixador no Reino Unido, Thae Yong-Ho, e da sua família para a Coreia do Sul, há dois meses.

“Desde a deserção de Thae Yong-Ho no final de julho, tem havido uma inspeção generalizada do Ministério dos Negócios Estrangeiros”, indicou a fonte.

“Kung Sok-Ung era considerado responsável pelas embaixadas na Europa e foi expulso como resultado”, acrescentou.

O jornal indica que quatro outros diplomatas de alto nível responsáveis por assuntos europeus foram também expulsos de Pyongyang.

Kung, de 72 anos, é um diplomata veterano que tem sido responsável pelas relações diplomáticas da Coreia do Norte com a Rússia e com a Europa há quase duas décadas.

Desde que subiu ao poder, em 2011, Kim Jong-un ordenou várias execuções e purgas de dirigentes de alto nível.

Em agosto, o Ministério da Unificação de Seul confirmou que o Norte executou o vice-primeiro-ministro e responsável máximo da Educação, Kim Yong-jin, por mostrar desrespeito para com o líder durante uma reunião.

O caso mais notório foi o do tio de Kim, que chegou a ser o número dois do regime, Jang Song-Thaek, executado por acusações que incluíam traição e corrupção, em dezembro de 2013.

A agência de notícias sul-coreana Yonhap contabiliza que o número de dirigentes do partido executados já ultrapassa os 100.

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