A dívida pública registou um aumento em agosto, de acordo com os números avançados pela UTAO (Unidade Técnica de Apoio Orçamental). A nota mensal do organismo que funciona no quadro da Assembleia da República, relativa a setembro, refere que o acréscimo foi influenciado pelo crescimento do valor dos depósitos da administração central.

A nota do organismo revela que, “na ótica de Maastricht”, se registou um decréscimo da dívida pública quando se excluem os depósitos da administração central. “A dívida pública no final de agosto atingiu 243,3 mil milhões de euros, o que representa um acréscimo de 2,5 mil milhões de euros em termos mensais e de 14 mil milhões de euros em termos homólogos”, lê-se no documento. Mas, excluindo os depósitos da administração central, “a dívida pública atingiu 223,6 mil milhões de euros em agosto, o que representa uma diminuição de 685 milhões de euros em termos mensais”.

No final de agosto, os depósitos da administração central fixaram-se em 19,6 mil milhões de euros, mais 3,1 mil milhões do que do mês anterior, o que leva a UTAO a considerar que “o aumento da dívida pública é resultado de um aumento significativo” daqueles depósitos.

No final de agosto de 2016, afirma-se no documento, a dívida direta do Estado atingiu 238,9 mil milhões de euros, fruto de um crescimento de 2,9 mil milhões em comparação com julho e de 13,9 mil milhões no confronto com o nível verificado em agosto de 2015. Este desempenho ficou a dever-se ao “acréscimo da dívida titulada de médio e longo prazo, em consequência da oferta pública das Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável, num valor total de 1,2 mil milhões de euros”, mas também nas emissões de curto prazo, “através da emissão líquida de Bilhetes de Tesouro no valor de 1,5 mil mil milhões de euros. A UTAO assinala, também, ter havido “um aumento do stock dos Certificados de Aforro e Certificados do Tesouro em 14 mil milhões de euros e 325 milhões de euros, respetivamente”.

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