Foi a própria VW que anunciou publicamente que a empresa poderá ter de reduzir em 25 mil o seu número de funcionários nos próximos 10 anos (cerca de 20% da sua força laboral na Alemanha), por força a garantir a redução dos custos fixos necessária para fazer reviver a marca, ainda a braços com as consequências do escândalo das emissões diesel. Contudo, e ao invés de enveredar pela via dos despedimentos, o construtor germânico poderá optar por não substituir uma parte significativa dos seus funcionários que se venham a reformar neste período de tempo – embora não esteja posto de parte o recurso a um plano massivo de reformas antecipadas.

Inequívoco parece ser que o fabricante de Wolfsburg terá de encontrar forma de compensar os muitos milhões que terá de despender em compensações e penalizações decorrentes do célebre problema das emissões, e de financiar a sua própria transformação num fabricante de automóveis eléctricos e fornecedor de serviços de mobilidade de referência, como é seu objectivo assumido. E esta é uma das medidas que poderão contribuir decisivamente para o alcançar deste desiderato, até porque a própria administração reconhece que dezenas de milhar de funcionários admitidos nas décadas de 1950 e 1960 atingirão a idade da reforma ao longo da próxima década.

Mas, segundo analistas contactados pela agência Reuters, tal poderá não ser suficiente, constituindo apenas um bom ponto de partido para o efeito. Para assegurar uma inversão sustentada nos resultados operacionais da VW, a medida deverá, por isso, ser acompanhada de uma redução de custos ao nível das compras e do investimento em pesquisa e desenvolvimento.

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