John John Florence assumiu a ambição de segurar a liderança do circuito mundial de surf, em Peniche, na 10.ª e penúltima etapa, enquanto o seu principal rival, o brasileiro Gabriel Medina, apenas pretende pressionar o havaiano.

“Vai ser um ótimo final de circuito, com dois eventos recheados de tubos, vamos ver o que se passa aqui e em Pipeline. Só quero surfar, divertir-me, nunca sei o que o Medina pode fazer, espero continuar na luta pelo título, há uma rivalidade por estarmos perto, alguma tensão, mas acho que ele tem mais pressão do que eu, por ter perdido o título do ano passado”, afirmou o líder do ‘ranking’ mundial.

À margem da apresentação do Meo Rip Curl Pro Portugal, John John Florence, vencedor do Oi Rio Pro, no Rio de Janeiro, expressou a sua ambição, considerando que o seu ano já está a ser um sucesso.

“Eu quero ganhar o título mundial, é um sonho de muitos anos, trabalhei muito arduamente para aqui chegar e estar nesta posição deixa-me muito, muito feliz. Eu sinto que pode ser o meu ano, que estou perto, mas nunca sabemos, sei sim que foi um ano fantástico, independentemente do que acontecer nestas duas provas”, rematou John John.

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Também Medina, campeão do mundo em 2014 e segundo na hierarquia, a 2.700 pontos do havaiano, quer chegar ao primeiro lugar do circuito, mas, preferencialmente, apenas na última etapa, em Pipeline.

“Eu prefiro sempre ir atrás, penso que quem vai na liderança tem sempre muito mais pressão para segurar a posição, eu acho mais fácil ser quem desafia esse primeiro lugar. A camisola amarela [símbolo de liderança do circuito] pensa muito e eu não a quero agora”, frisou Medina.

Sem esconder a ambição de vencer em Peniche, o brasileiro, campeão do Fiji Pro, reiterou o seu foco em “apanhar boas ondas e lugar bateria a bateria”.

“O meu objetivo é sempre ganhar, mas, às vezes, ficar em segundo ou terceiro também já é bom, estou perto da liderança e ainda tenho duas hipóteses, por isso, tenho de começar a tentar já aqui”, vincou.

O também brasileiro Filipe Toledo, vencedor em Peniche em 2015 e atual sétimo do circuito, partilhou o objetivo de “superar baterias e aproveitar a competição”: “É uma das etapas mais esperadas para mim, sinto-me em casa, é sempre bom voltar onde ganhei no ano passado, na final com o Italo, e isso é ainda mais especial”.

Os surfistas partilharam o ‘palco’ da conferência de imprensa com os ministros da Economia, Manuel Caldeira Cabral, e do Mar, Ana Paula Vitorino, que, na ocasião, enalteceram a importância mobilizadora do surf, com milhares de espetadores portugueses e estrangeiros, que “animam a economia local”.

Caldeira Cabral realçou ainda que Portugal é o único país, além da Austrália, com etapas de todos os circuitos profissionais, justificando o apoio institucional do Turismo de Portugal na “marca forte” do surf luso.

Já Ana Paula Vitorino expressou a sua “admiração profunda” pelos praticantes de surf, elogiando estes novos “heróis do mar”, que “criam novas referências saudáveis para a juventude”.

O período de espera do Meo Rip Curl Pro Portugal, da 10.ª e penúltima etapa do circuito mundial, decorre entre terça-feira e 29 de outubro.