Um adolescente de 13 anos morreu no Brasil durante um jogo transmitido em direto na internet. Trata-se do “jogo da asfixia”, uma prática muito divulgada na internet entre os jovens, que consiste em utilizar cordas, cintos ou outros objetos para cortar o fornecimento de oxigénio ao cérebro e desmaiar, com o objetivo de depois acordar num estado semelhante ao que resulta do consumo de drogas.

Segundo o jornal brasileiro Estado de São Paulo, o jovem, Gustavo Riveiros Detter, morreu na noite de sábado, depois de se ter enforcado no quarto do pai, utilizando uma corda onde é habitualmente pendurado um saco de boxe.

O momento foi filmado por outros três jovens, que, ao perceber que Gustavo já não se mexia, avisaram a família. A unidade de primeiros socorros foi acionada às 22h40, e, após os primeiros socorros, o jovem foi levado para o hospital, onde viria a falecer por volta das 8h00 de domingo.

O delegado de São Vicente, Carlos Topfer Schneider, que está a liderar a investigação, explicou àquele jornal brasileiro que este “é um jogo antigo, muito conhecido no exterior”. As crianças que se encontravam em contacto com Gustavo entretanto foram identificadas, mas as suas identidades não foram reveladas, por serem menores de idade.

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O responsável pela investigação alerta para os perigos deste jogo e garante que a família deve ser a primeira a ter atenção aos potenciais casos. “Existem sinais muito importantes que pais, amigos e educadores podem observar e partilhar entre si, como marcas no pescoço, olhos muito avermelhados, dores de cabeça constantes e desorientação”, explica Schneider.

https://www.youtube.com/watch?v=7xLgHSKcdO4

O jogo tem sido amplamente divulgado na internet.

De acordo com um tio do jovem que morreu, também citado pelo Estado de São Paulo, não seria a primeira vez que aquele grupo de adolescentes estava envolvido naquele jogo. Ao ver os registos do telemóvel de Gustavo, o familiar descobriu conversas em que os jovens referiam que iam jogar “mais uma vez” ao jogo da asfixia.

“O meu sobrinho era inteligente, tirava boas notas na escola”, recorda o tio, sublinhando que “ele não viu o risco”.