O ex-secretário-geral do Sistema de Segurança Interna (SIS), Mário Mendes, considera que “as falhas de coordenação” entre as forças policiais na caça ao suspeito dos homicídios em Aguiar da Beira “são bastante grandes” e avisa a atual detentora do cargo que “faz parte das suas competências promover mecanismos de coordenação”.

De acordo com a edição desta quinta-feira do Diário de Notícias, que ouviu especialistas e pessoas ligadas à investigação, a PJ, a PSP e a GNR não têm partilhado informações, nem sequer se têm reunido para definir a estratégia de busca e detenção de Pedro Dias. Mais de uma semana depois do homicídio de um militar da GNR em Aguiar da Beira, o principal suspeito continua a monte e, alegadamente, a cometer vários outros crimes.

A demora na captura deve-se, entre outras coisas, ao facto de as polícias não falarem entre si, segundo as pessoas ouvidas pelo DN. “Perante a gravidade do incidente, não foi criado um centro de coordenação e comando, ou um gabinete de crise, onde todas as polícias trocassem informações e afinassem estratégias”, lamenta um dos testemunhos recolhidos. Também a ministra da Administração Interna estará preocupada com a situação e “tem telefonado à PJ” todos os dias, garante fonte oficial do Governo ao DN.

Já o juiz conselheiro Mário Mendes, ex-secretário-geral do Sistema de Segurança Interna, lembra que este órgão “tem poderes de articulação das forças e dos serviços de segurança”. Helena Fazenda, sucessora no cargo, não respondeu às perguntas do jornal sobre o tema.

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