A primeira-ministra britânica, Theresa May, vai aproveitar a reunião do Conselho Europeu desta quinta-feira para avisar os líderes europeus que não haverá um segundo referendo à saída do Reino Unido da União Europeia.

De acordo com uma fonte do governo britânico, citada pelo The Guardian, “o povo britânico tomou uma decisão, e é correto e adequado que a decisão seja honrada”. Por isso, garante a mesma fonte, Theresa May dirá aos seus 27 colegas no Conselho Europeu que “não haverá nenhum segundo referendo”, e que “a prioridade agora tem de ser olhar para o futuro”.

Theresa May deverá ainda descansar os chefes de Estado europeus, afirmando que “não quer que o processo de saída do Reino Unido cause danos ao resto da União Europeia. Ela quer que seja um processo ordeiro, construtivo e ordeiro”, acrescentou a mesma fonte ao jornal britânico.

O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, não incluiu, contudo, o assunto na ordem de trabalhos da reunião, devendo dar a oportunidade a May de falar, informalmente, da situação no Reino Unido no final do jantar. Os outros líderes europeus não terão a oportunidade de responder à intervenção da primeira-ministra britânica, visto que Tusk deseja evitar neste momento a discussão sobre o Brexit.

Apesar de Theresa May já ter anunciado que o Reino Unido irá acionar o artigo 50.º do Tratado de Lisboa (para dar início às negociações de saída) até março de 2017, os responsáveis europeus insistem que só começarão a discutir a saída quando houver a notificação formal. Bruxelas não tem cedido, por isso, às pressões de alguns dos diplomatas britânicos, que têm pedido o início das negociações ainda antes do anúncio oficial.

Depois de ser acionado o artigo 50.º, Reino Unido e União Europeia têm dois anos para concluir as negociações, mas a própria Theresa May já admitiu que esse prazo poderá ser demasiado curto. De acordo com o The Telegraph, May disse aos deputados britânicos que “estas serão longas negociações, ao longo de dois anos ou mais”.

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