A Agência Espacial Europeia e a agência russa Roscosmos confirmaram, esta sexta-feira, que a plataforma Schiaparelli, pertencente à missão ExoMars 2016, despenhou-se na superfície marciana. Estava desaparecida sem dar notícias desde quarta-feira.
A NASA publicou na sua conta no Twitter imagens do local onda a sonda despenhou-se, o que terá ajudado as agências a identificarem a plataforma.
.@NASA Mars Reconnaissance Orbiter has imaged changes on #Mars surface linked to #ExoMars Schiaparelli module: https://t.co/B6bRfUwKHi pic.twitter.com/NTAkjZLOr9
— ESA_Schiaparelli (@ESA_EDM) October 21, 2016
A Schiaparelli iniciou, este domingo, uma descida de três dias em direção a Marte, depois de separar-se da sonda TGO (Trace Gas Orbiter), que está a orbitar no planeta vermelho. Esta quarta-feira, começou a descer à superfície, num trajeto previsto para durar cerca de seis minutos. Utilizaria propulsores a 1,1 km de altitude e depois entraria em queda livre a dois metros do solo a uma velocidade de 10 km/h.
De acordo com o comunicado de imprensa, divulgado pela ESA, a Schiaparelli terá chegado à superfície de Marte a uma velocidade superior a 300 km/h, e caiu de uma altura de dois a quatro quilómetros, o que terá provocado a sua explosão. A agência está a recuperar os dados da trajetória descendente da plataforma para que possa entender como se deu a sua queda.
A plataforma Schiaparelli faz parte da ExoMars 2016, uma missão científica europeia e russa, que visa procurar indícios de vida atual e passada em Marte. Para isso enviou dois instrumentos: a sonda Trace Gas Orbiter (TGO), que deve manter-se em órbita no planeta para detetar vestígios de gases na atmosfera como o metano, que poderá indicar a presença de uma forma de vida; e a plataforma Schiaparelli, que estudaria eventuais micro-organismos “exobiológicos”.
A ExoMars 2016 serve também de teste para a viabilidade da segunda fase da missão, em 2020, que pretende levar um Rover de exploração para o planeta vizinho.