O Estado Islâmico atacou esta sexta-feira a cidade iraquiana de Kirkuk, confirmou a agência Amaq. “As forças do Estado Islâmico atacaram a cidade de Kirkuk por todos os lados”, refere o site da Amaq na internet depois de um bombista suicida ter atacado o maior quartel da polícia da cidade. Os extremistas do Estado Islâmico atacaram igualmente uma central de energia localizada na zona norte daquela cidade.
O ataque matou pelo menos 16 pessoas, segundo a agência Efe: seis polícias, dois trabalhadores da central de energia e oito terroristas. De acordo com o relato de um correspondente da agência France Presse na cidade, dezenas de extremistas armados com granadas e espingardas de assalto tomaram posições em “vários bairros” de Kirkuk. O correspondente da AFP refere ainda que viu nove homens armados “vestidos como afegãos” numa rua do bairro de Adan.
As milícias curdas, entretanto, conseguiram retirar os terroristas das esquadras de polícia de que tinham tomado controlo, sobretudo no sul da cidade. Os combates prosseguem num hotel e numa mesquita, onde os extremistas se barricaram.
O ataque a Kirkuk, uma importante cidade petrolífera no norte do Iraque, surge cinco dias depois do início da ofensiva a Mossul, pelo exército iraquiano, a coligação internacional e várias milícias locais, e está a ser entendido como uma tentativa do Daesh de dividir as tropas iraquianas para ganhar vantagem nos combates em Mossul.
Entretanto, testemunhas citadas pela France Presse afirmam que viram esta sexta-feira de manhã pequenos grupos de homens com armas a entrar em mesquitas e a tomar posições no interior de edifícios em várias zonas da cidade. Segundo Nachmeldín Karin, governador da cidade, a situação está neste momento sob controlo, e foi ordenado um recolher obrigatório para todos os cidadãos de Kirkuk.