Não houve (ainda) anúncio oficial, que não a promessa feita por Elon Musk, em Julho, aquando da revelação da estratégia da marca para os próximos anos, de que a Tesla iria possuir a sua própria frota destinada à partilha de veículos. E que, nalguns locais, os proprietários de modelos da marca poderiam adicionar o seu próprio veículo a esta frota, através de uma app para smartphones, assim gerando receitas e reduzindo os respectivos custos de utilização.

Mas uma leitura atenta da informação contida no website da própria Tesla permite antever que tal serviço está em vias de ser implementado, e que os respectivos contornos deverão ser revelados já no decorrer do próximo ano. Pelo menos a avaliar pelo aviso legal aí publicado, a propósito das novas soluções de condução autónoma recentemente anunciadas pelo construtor norte-americano para os seus modelos, e de que o Observador aqui deu conta.

Para a Tesla, não haverá problema em utilizar um dos seus modelos, equipado com condução autónoma, para car-sharing (partilha de veículos) e ride-hailing (terminologia inglesa para o serviço prestado por empresas como a Uber) com familiares e amigos. Mas fazê-lo com fins lucrativos, só será permitido na rede da Tesla, cujos detalhes serão revelados no próximo ano.

A marca liderada por Elon Musk parece estar, assim, muito de perto de entrar num negócio cada vez mais apetecido por vários construtores, ansiosos em lucrar com os diversos novos serviços de mobilidade que se desenvolvem em torno do automóvel do futuro. Mas, ao que tudo indica, fazendo-o de forma autónoma, ao invés de investir na compra de participações em empresas já estabelecidas, como foi o caso da General Motors ou da Volkswagen.

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