Os controlos temporários de algumas fronteiras internas do espaço Schengen vão ser prolongados por mais três meses para fazer face aos fluxos migratórios, segundo uma recomendação esta terça-feira apresentada pela Comissão Europeia.

Apesar de considerar que a situação em algumas fronteiras internas da Áustria, Alemanha, Dinamarca, Suécia e Noruega está a voltar ao normal, depois de uma grande pressão de fluxos migratórios, a Comissão Europeia considera justificar-se o prolongamento por mais três meses dos controlos dos viajantes, seguindo diretrizes do Conselho da União Europeia.

“A nossa prioridade e a nossa determinação são claras: Preservar o espaço Schengen (o espaço europeu de livre circulação) e regressar ao seu funcionamento normal assim que as condições o permitam”, disse o comissário europeu para os Assuntos Internos, Dimitris Avramopoulos, que salientou ser necessário “manter, por uma duração estritamente limitada, controlos coordenados e proporcionais em algumas fronteiras do espaço Schengen”.

O corpo europeu de guardas fronteiriços e guardas costeiros iniciou funções no passado dia 06 e só deverá estar plenamente operacional em janeiro de 2017.

Segundo as diretrizes de 12 de maio do Conselho da UE, são controladas as fronteiras terrestres da Áustria com a Hungria e a Eslovénia, a da Alemanha com a Áustria, a da Dinamarca com a Alemanha (incluindo ligações marítimas), nos portos da Suécia e nos portos da Noruega.

Estes controlos foram decididos na sequência da pressão migratória de pessoas que chegavam à Grécia e daí tentavam passar para outros países.

O espaço Schengen abrange 26 países e permite a livre circulação de cidadãos europeus e de oriundos de países terceiros sujeitos a um controlo na fronteira externa.

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