A lista de arguidos no caso da morte de Dylan da Silva e Hugo Abreu, os dois militares do 127. º Curso de Comandos que perderam a vida na sequência de um exercício, a 4 de setembro, não está fechada e pode vir a incluir os mais altos responsáveis do curso de comandos, de acordo com a TVI24, que cita fonte próxima da investigação do Ministério Público.

A TVI24 não entra em mais detalhes quanto às figuras que poderão vir a ser constituídas arguidas no processo. Mas em causa poderá estar, por exemplo, o comandante da unidade de comandos.

Questionada pelo Observador sobre a notícia e sobre a lista de arguidos, fonte oficial do Ministério Público respondeu não haver “de momento, nada a acrescentar à informação já prestada”.

Para já a lista é formada por duas pessoas: dois enfermeiros militares do Exército, que foram ouvidos, na terça-feira, pelo Ministério Público, e que foram constituídos arguidos por omissão de auxílio e de abuso de autoridade por ofensa à integridade física. O Ministério Público deixou desde logo em aberto a hipótese de engrossar essa lista.

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Na terça-feira, o Correio da Manhã noticiou que Dylan da Silva e Hugo Abreu estiveram quase duas horas sem assistência médica e que a investigação da Polícia Judiciária Militar em articulação com o DIAP concluiu ter havido erro médico na morte dos dois comandos.

Há por isso a hipótese de o médico superior hierárquico dos enfermeiros e socorristas na enfermaria naquele dia vir a ser constituído arguido. A própria Ordem dos Médicos já abriu um inquérito à atuação do mesmo.

A TVI24 escreve ainda que o Ministério Público e a Polícia Judiciária Militar querem saber que ordens superiores teria este médico, por parte dos responsáveis máximos do curso.