O enviado especial das Nações Unidas para as Mudanças Climáticas, Macharia Kamau, alertou esta quarta-feira em Maputo que 2,5 milhões de pessoas precisam de ajuda humanitária em Moçambique, apelando à comunidade internacional para se unir no apoio ao país.

Acho que o número de 1,5 milhões de pessoas que oficialmente precisa de ajuda humanitária está subestimado, os dados que recebi antes indicam que são cerca de 2,5 milhões de pessoas em situação de necessidade”, disse Kamau, em declarações aos jornalistas, após um encontro com o chefe de Estado moçambicano.

O enviado especial das Nações Unidas para as Mudanças Climáticas afirmou que a comunidade internacional disponibilizou metade de um pacote de ajuda de 200 milhões de dólares com que se comprometeu no início do ano para o apoio às vítimas das calamidades naturais.

O povo moçambicano merece mais apoio da comunidade internacional, há um imperativo moral que deve implicar um maior compromisso na ajuda humanitária”, acrescentou Macharia Kamau.

Kamau exortou às lideranças do país a respeitar os direitos humanos das vítimas das calamidades naturais, independentemente das circunstâncias difíceis em que o país se encontra, numa alusão à violência militar no centro e norte de Moçambique.

Independentemente das circunstâncias por que o país passa, há o direito humano à alimentação, à saúde e à água”, destacou o enviado especial das Nações Unidas para as Mudanças Climáticas.

Macharia Kamau assinalou que as consequências das mudanças climáticas no país são sérias, caracterizando por secas e cheias cíclicas.

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