A 13.ª Maratona do Porto, que foi esta quarta-feira apresentada e terá lugar a 06 de novembro, vai injetar “entre oito a dez milhões de euros” na economia local, calcula o seu diretor, Jorge Teixeira.

É muito dinheiro. Estamos a falar de hotelaria, restauração, transportes, prendas, viagens e em tanta coisa que nenhum de nós consegue imaginar”, reforçou o mesmo responsável, em declarações prestadas à comunicação após a prova ter sido apresentada, numa cerimónia efetuada na Câmara Municipal do Porto.

Jorge Teixeira adiantou também que “esta maratona custa mais de 600 mil euros” e prometeu algumas surpresas, sendo que uma delas está guardada para o túnel rodoviário da Ribeira portuense, um dos pontos de passagem dos atletas.

A 13.ª Maratona do Porto começará junto à frente marítima do Parque da Cidade e terminará perto dali, no Queimódromo, passando entretanto por Matosinhos e depois por Vila Nova de Gaia, num percurso de 42.195 quilómetros que Jorge Teixeira afirmou ser “mais rápido” do que o da edição anterior.

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Catarina Ribeiro, Filomena Costa, Alberto Paulo e José Moreira estão entre “os sete mil atletas de 56 países” que Jorge Teixeira conta reunir na 13.ª Maratona do Porto, sendo que “cem são de elite” porque fazem maratonas regularmente.

Os quatro atletas portugueses esperam obter aí os mínimos para os Mundiais de atletismo, aproveitando o facto de esta ser a única maratona nacional, segundo Jorge Teixeira, onde tal é possível por ter o seu percurso homologado.

José Moreira, do Sporting, disse sentir-se “bastante bem”, referiu que já fez mais de 15 maratonas e acrescentou que “esta será mais uma e bastante importante”.

O meu grande objetivo será tentar fazer mínimos para o Campeonato do Mundo”, que se vai realizar de 05 a 13 de agosto de 2017, em Londres, adiantou, realçando que “o mínimo nacional ainda não saiu, mas o mínimo internacional já”, tendo sido fixado em 2h19 horas.

José Moreira disse que tem como recorde pessoal 2:13:37 segundos, pretendendo melhorá-lo na prova portuense, onde já foi quinto na geral, com 2016, em 2013.

O benfiquista Alberto Paulo, especialista dos 3.000 metros obstáculos, disputará a sua primeira maratona no Porto e lembrou que “a primeira vez” que se estreou em distâncias longas foi também no Porto, em 2010, numa meia-maratona.

Gostaria de me estrear bem. Uma marca abaixo de 2h15 será ótimo dado o panorama nacional. Uma maratona é muito difícil. Para quem já tem experiência torna-se relativamente fácil a gestão do esforço. Para quem nunca fez é um pouco mais complicado”, considerou Alberto Paulo.

Filomena Costa, que corre pela Associação Jardim da Serra, da Madeira, tem como “grande objetivo fazer mínimos para os próximos Mundiais e depois tentar vencer, o que seria muito bom”.

Os mínimos para os Mundiais ainda não são conhecidos, segundo afirmou, mas a atleta diz que deverão andar 2h30/32 dos anos anteriores.

“O meu objetivo vai ser correr por voltas das 2h30”, referiu, tendo realçado que se sentiu bem nas últimas provas que fez, as meias-maratonas do Porto e de Ovar.

Igualmente estreante em maratonas, Catarina Ribeiro disse que o seu “objetivo é sempre terminar”.

Não sei bem o que esperar, porque é a primeira vez que vou fazer uma prova com tantos quilómetros. Espero chegar ao fim e sentir-me bem. Não vou falar em marcas porque não posso estar a prometer uma coisa que depois posso não conseguir concretizar” disse Catarina Ribeiro, que correrá enquanto individual.

O diretor da 13.ª Maratona do Porto prevê reunir “entre 14 e 15 mil participantes“, sete mil dos quais só na maratona, a prova-rainha deste evento, que inclui ainda uma corrida familiar de 15 quilómetros e uma caminhada de seis quilómetros.

Neste momento temos à volta de 100 atletas ‘top’ inscritos“, informou ainda Jorge Teixeira. No pelotão masculino encontram-se representantes do Quénia, Etiópia e Eritreia e um japonês, ao passo que entre as mulheres há duas quenianas e duas etíopes, todas com tempos piores do que o recorde pessoal de Filomena Costa, 2:28:00.

O responsável realçou também que esta corrida foi agraciada recentemente com cinco estrelas pela Associação Europeia de Atletismo, o que significa “um nível elevado de segurança pessoal e patrimonial e serviços de alta qualidade”.