Os trabalhadores da empresa de resíduos Valorsul, que serve 19 municípios da grande Lisboa e da zona Oeste, tinham iniciado à meia-noite de terça-feira uma greve de 32 horas para reivindicarem o aumento dos salários e o cumprimento do Acordo de Empresa. A greve, que terminou às 8h desta quarta-feira, afetou a recolha do lixo nos municípios de Alcobaça, Alenquer, Amadora, Arruda dos Vinhos, Azambuja, Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha, Lisboa, Loures, Lourinhã, Nazaré, Óbidos, Odivelas, Peniche, Sobral de Monte Agraço, Rio Maior, Torres Vedras e Vila Franca de Xira.

“De uma maneira geral, os objetivos da greve foram alcançados. Em termos operacionais tivemos praticamente todas as unidades paralisadas. A do Cadaval foi a única que não parou. Na parte administrativa é que ficou aquém e podemos considerar um fracasso”, afirmou à agência Lusa Navalha Garcia, do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Centro-Sul e Regiões. O sindicalista referiu que dos 378 trabalhadores da Valorsul cerca de uma centena faz parte do setor administrativo.

“Na próxima semana vamos reunir com os trabalhadores e fazer um balanço desta greve. De qualquer forma, se a administração da empresa mantiver esta postura, poderemos avançar para novas formas de luta”, perspetivou.

Contactada pela Lusa, fonte da administração da Valorsul remeteu a divulgação dos números da greve para mais tarde. A Valorsul é uma das unidades pertencentes à Empresa Geral de Fomento (EGF), que foi já privatizada.

O processo de privatização da EGF desenvolveu-se através de um concurso público internacional, lançado no primeiro trimestre de 2014 pelo primeiro Governo chefiado por Pedro Passos Coelho, tendo ficado concluído em julho de 2015 com a aquisição de 95% do capital (que pertencia à Águas de Portugal) por parte do consórcio SUMA, que integra a Mota-Engil.

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