A multa é resultado de duas investigações que revelaram, por um lado, um má gestão das queixas dos clientes e, por outro, que a empresa não contabilizou devidamente os carregamentos feitos por 10.500 clientes com telefones pré-pagos. Isto pode ler-se no comunicado publicado na página de internet do regulador das telecomunicações britânicas Ofcom.

As infrações foram cometidas entre janeiro de 2014 e novembro de 2015, e dezembro de 2013 e abril de 2015, respetivamente.

A autoridade reguladora britânica sublinhou que a multa da Vodafone foi diminuída em 7,5% devido à vontade da empresa de telecomunicações de cooperar na investigação e reembolsar os clientes afetados.

A diretora do departamento do consumidor da Ofcom, Lindsey Fussel, em declarações citadas pela agência Efe, defendeu que as falhas da multinacional “são graves e inaceitáveis”, e acrescentou que a multa, que a empresa tem de pagar em 20 dias, “envia uma clara mensagem a todas as empresas de telecomunicações”.

A Vodafone, por seu lado, lamentou “profundamente estas falhas de processos e sistemas”, que atribui, no caso dos telefones pré-pagos, a “uma completa migração informática” das contas para um novo sistema informático introduzido em 2013.

A empresa de telecomunicações reembolsou a maioria dos clientes afetados, com uma quantia média da ordem dos 16 euros por pessoa, e entregou ainda 112 mil euros adicionais a organizações de beneficência como compensação dos clientes que não conseguiu localizar e investiu 33 milhões de euros na melhoria dos serviços de apoio ao cliente.

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