O banco alemão Deutsche Bank teve um lucro de cerca de 280 milhões de euros no terceiro trimestre do ano, batendo as expetativas – que apontavam para um prejuízo superior a 600 milhões, fazendo mais provisões para cobrir custos com as batalhas judiciais em que está envolvido nos Estados Unidos.

500 milhões de euros é quanto o banco colocou de lado para aumentar a almofada financeira que vai serve para cobrir os custos das disputas judiciais em que o banco está envolvido, nomeadamente a disputa com a justiça norte-americana devido às práticas do banco alemão durante a crise do subprime.

Sobre este tema, o banco adiantou que está a “trabalhar duramente” para conseguir um acordo com as autoridades norte-americanas. A fatura com este processo pode ascender a milhares de milhões, algo que está a pesar nas ações do banco e a criar dúvidas sobre a sua capacidade de cumprir os requisitos de capital obrigatórios sem apoio externo (nomeadamente público).

No final de setembro, o banco alemão tinha 5,9 mil milhões de euros reservados para custos judiciais, que conta já com a possível conta que terá de pagar às autoridades norte-americanas para acabar com o processo de que é alvo nos Estados Unidos.

Nos resultados, comunicados antes de os mercados abrirem, o banco explica que teve um lucro de 278 milhões de euros, quando os analistas apontavam para um prejuízo superior a 600 milhões de euros neste período, precisamente porque os custos judiciais foram mais baixos, como aconteceu também com os custos estimados pelo banco para a sua reestruturação.

A comparação com o mesmo trimestre do ano anterior está influenciada por uma perda extraordinária registada no terceiro trimestre de 2015, de cerca de 6 mil milhões de euros.

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