O chefe de Estado da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou esta quinta-feira um aumento de 40% no salário mínimo, na véspera de uma greve geral convocada pela oposição, a pedir que deixe a Presidência do país.

Vou assinar um aumento de 40% do rendimento mínimo legal dos trabalhadores”, que ronda atualmente os 140 dólares mensais (cerca de 128 euros), afirmou Nicolás Maduro.

O aumento será, no entanto, mínimo devido à alta inflação no país.

Com a queda do preço do petróleo, de onde provém 96% dos seus rendimentos, a Venezuela está a viver uma das piores crises económicas da sua história, com a inflação a atingir este ano 475%.

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O Fundo Monetário Internacional prevê que atinja os 1.660%, em 2017.

Na quarta-feira, a oposição convocou uma greve geral para sexta-feira, depois da suspensão, pelo Conselho Nacional Eleitoral, de um processo de referendo revogatório.

A oposição exige a saída de Nicolás Maduro, eleito em 2013, cujo mandato expira em 2019, por o considerar responsável pela crise económica que o país atravessa.

Em maio, o Presidente venezuelano já tinha anunciado um aumento de 30% do salário mínimo.