Desde logo é anunciado como o mais potente Classe E de sempre. A versão de altas prestações da nova berlina da Mercedes, naturalmente desenvolvida pela sua divisão desportiva AMG, aí está para agitar um segmento de mercado a que poucos acedem, mas também muitos poucos são alheios.
A revelação oficial do modelo está marcada para Novembro, no Salão de Los Angeles, onde serão mostradas as suas duas declinações: o E 63 4Matic+ de 571 cv, e o ainda mais poderoso E 63 S 4Matic+ de 612 cv. Qualquer uma delas estará disponível para encomenda a partir de Janeiro, e as primeiras entregas estão agendadas para Março.
Estabelecer-se como uma nova referência no segmento é o objectivo “singelo” da nova berlina desportiva da marca da estrela, para o que conta com tecnologias inovadoras e uma estratégia de desempenho dinâmico que promete elevar os limites deste tipo de proposta para níveis absolutamente inéditos.
Sob o capot está o conhecido motor 4.0-V8 biturbo de injecção directa, profundamente revisto e pela primeira vez dotado, de série, de um sistema de desactivação de cilindros – activo no modo de condução Comfort, entre as 1.000 rpm e as 3.250 rpm, é um dos responsáveis pelo anúncio de um consumo combinado de 8,9 l/100 km.
O rendimento desta poderosa unidade motriz indica uma potência de 571 cv constante entre as 5.750 e as 6.500 rpm, e um binário máximo de 750 Nm constante entre as 2.250 e as 5.000 rpm, no caso da versão E 63 4Matic+. Já no E 63 S 4Matic+, este V8 atinge o seu rendimento mais elevado de sempre: 612 cv e 850 Nm, disponíveis aos mesmos regimes. Deste modo, a aceleração 0-100 km/h cumpre-se em 3,5 segundos e 3,4 segundos, respectivamente, estando a velocidade máxima limitada a 250 km/h (300 km/h para quem eleger o opcional AMG Driver’s Package). Isto apesar dos 1.875 kg de peso da versão “normal”, e dos 1.880 kg anunciados pela variante mais extrema.
A caixa de velocidades AMG Speedshift MCT de nove relações, além de garantir trocas de mudança mais céleres, conta, pela primeira vez, com uma embraiagem húmida em substituição do conversor de binário, o que garante uma resposta mais rápida nos arranques e um menor peso do conjunto. Ainda no domínio da transmissão, referência para a inclusão, de série, do sistema de tracção integral AMG performance 4Matic+, capaz de adoptar diversas configurações. O que lhe é garantido pela repartição, pela primeira vez, totalmente variável do binário entre os dois eixos, a cargo de um acoplamento electromecânico, em que o eixo traseiro está sempre activo, podendo receber até 100% do binário, e o traseiro apenas é accionado quando as condições do momento assim o exigem. A tracção é, desde modo, optimizada até ao limite físico possível, sejam quais forem as condições do piso.
Em complemento, o E 63 4Matic+ monta um diferencial traseiro autoblocante mecânico, recorrendo o E 63 S 4Matic+ a um autoblocante traseiro de controlo electrónico, mais eficaz por ser capaz, através dos dados recolhidos pela rede de sensores, de antecipar as necessidades de tracção. Esta versão mais potente conta ainda com um exclusivo modo de Drift, seleccionável pelo condutor, através das patilhas de comando da caixa colocadas no volante, quando o modo Race está activo, o ESP desligado e a caixa no modo de comando manual. O seu princípio de funcionamento não poderia ser mais elementar: neste caso, não é enviado qualquer binário ao eixo dianteiro, o veículo funciona como um tracção traseira, e com tanta potência e binário não será, certamente, difícil andar de lado…
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Para imobilizar as suas novas coqueluches, a Mercedes-AMG optou por discos de 360 mm de diâmetro em ambos os eixos no caso do E 63 4Matic+, sendo os dianteiros ventilados, perfurados e actuados por pinças de seis pistões, enquanto os traseiros contam com pinças de um só pistão. No E 63 S 4Matic+ os discos dianteiros são de 390 mm, podendo esta versão montar, em opção, discos carbocerâmicos com 402 mm na frente e 360 mm atrás.
A suspensão desportiva pneumática desenvolvida pela AMG tem por base o sistema Air Body Control a recorrer a barras estabilizadoras tubulares, mais leves, semelhantes às utilizadas pelo AMG GT R. O condutor tem também à sua disposição o sistema AMG Dynamic Selection, que permite optar entre os modos de condução Comfort, Sport, Sport Plus e Individual, a que se junta, no caso do E 63 S 4Matic+ o modo Race. Melhorada foi, por seu turno, a função Race Start, o nome adoptado pela marca da estrela para o que é vulgarmente conhecido como launch-control: disponível nos modos de condução Sport, Sport Plus e Race, para a activar basta pressionar a fundo os dois pedais, seleccionar o regime do motor através das patilhas de comando da caixa (ajustando-o às condições do piso) e soltar o pedal de travão.
Visualmente, é óbvio que os novos AMG contam com toda aquela panóplia de elementos que ilustram a sua vocação, sublinham a sua exclusividade e incrementam a sua eficácia aerodinâmica. No exterior, as linhas musculadas exibem uma nova grelha frontal e um capot instalado ao estilo coupé (uma estreia para uma berlina da AMG), sendo as jantes de 19” no E 63 e de 20” no E 63 S.
Também o interior está a condizer com o potencial dinâmico, além de ostentar o requinte e luxo habituais em propostas deste nível de preço, reforçado, na versão mais potente, pelo relógio fornecido pela IWC. E, em termos de assistência ao condutor e conectividade, são propostas as mesmas soluções já conhecidas dos restantes Classe E da nova geração, a que se junta a app AMG Track Pace, destinada a analisar o desempenho em pista de quem os conduz, e que pode partilhar com outros condutores os resultados obtidos através do Facebook, do Vimeo, do YouTube ou do AMG Private Lounge.
Por fim, refira-se que, durante o primeiro ano, o Classe E desenvolvido pela AMG estará disponível numa edição limitada Edition 1, que se distingue por adicionar ao equipamento de série convencional a pintura exclusiva em preto magno, as listas laterais, as jantes de 20” em preto mate com aros brilhantes, o Night Package e os bancos desportivos, os apoios de braços nas portas, o volante e a consola central revestidos a pele preta com costuras amarelas (a mesma cor que é utilizada como apontamento de destaque no relógio IWC).