Além dos 117 detidos, as autoridades confirmaram dois momentos em que foram efetuados disparos. Uma pessoa foi atingida na mão depois de ter sido “empurrada para fora da estrada por manifestantes”, segundo o departamento de serviços de emergência de Dakota do Norte.

Outro manifestante foi detido após disparar três tiros contra a polícia. Nenhum ferimento foi registado.

As autoridades deram conta de incidentes com ‘cocktails molotov’ a serem atirados contra os agentes e incêndios.

A situação agravou-se quando, ao final da manhã, a polícia começou a tentar desmantelar o acampamento de protesto em vias públicas e propriedade privada.

Os manifestantes bloquearam duas estradas no fim de semana e acamparam em propriedade privada para tentarem travar a construção do Dakota Access Pipeline, alvo de um protesto por parte de uma tribo sioux, há vários meses.

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A polícia usou sirenes e gás pimenta durante as operações que duraram mais de cinco horas, até, segundo as autoridades, a maioria dos manifestantes abandonar o local voluntariamente ou ser detida.

“Esperamos ter persuadido os manifestantes de que as nossas estradas estatais e propriedades privadas não são local para se realizarem protestos pacíficos”, disse o governador da Dakota do Norte, Jack Dalrymple.

Os protestos, liderados pela comunidade indígena, tornaram-se um movimento de maior dimensão nos Estados Unidos, atraindo outras tribos, ambientalistas e ativistas.
A tribo Sioux de Standing Rock, cuja reserva fica próxima da rota do oleoduto, opõe-se ao projeto, argumentando que põe em risco o abastecimento de água à tribo, ao atravessar o rio Missouri, e vai destruir locais sagrados para a população nativa americana.