A Federação Irlandesa de Futebol (FAI) enfrenta um processo disciplinar aberto pela FIFA, devido ao uso de um símbolo político num jogo particular em março, revelou, esta sexta-feira, um porta-voz da Federação Internacional.

A comemoração dos 100 anos da Revolta da Páscoa nas camisolas dos irlandeses tornou-se um assunto ainda mais sensível, face à disputa que Escócia e Inglaterra têm com a FIFA para utilizarem uma papoila, como tributo aos mortos na guerra.

Um porta-voz da FIFA confirmou a abertura de um processo disciplinar à Irlanda, mas disse não poder neste momento fazer mais comentários ou especular em relação às conclusões do mesmo.

A Revolta da Páscoa aconteceu entre 24 e 30 abril de 1916, com uma rebelião irlandesa em relação ao Reino Unido, na tentativa de uma proclamação da independência, que foi travada então ao fim de seis dias.

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Em março, no jogo particular frente à Suíça, os futebolistas irlandeses ostentaram nas suas camisolas as datas 1916-2016, em alusão ao centenário.

A Inglaterra e Escócia utilizaram nos seus argumentos perante a FIFA o exemplo da Irlanda, na tentativa de poderem usar papoilas nas camisolas quando se defrontarem na próxima sexta-feira, na qualificação para o Mundial 2018.

O 11 de novembro é o dia do armistício, uma data que assinala o final da primeira guerra mundial e simbólica para os britânicos, que aproveitam para prestar tributo aos seus mortos na guerra.

A FIFA entende que se trata de um símbolo político e apesar de ter autorizado a sua utilização pelos ingleses a 11 de novembro de 2011, num jogo particular, tem-se mostrado desta vez mais irredutível em autorizar.