Um estudo levado a cabo pela empresa de higiene ambiental Rentokil Initial, mostra que existe uma grande propagação de bactérias quando usamos os telemóveis nas casas de banho. As bactérias fazem o caminho desde o wc até zonas comuns como o trabalho. E o meio de transporte são as nossas mãos.

Para a elaboração do estudo entrevistaram-se cinco mil pessoas em todo o mundo, e dessas, um terço afirmou que usa o telemóvel enquanto está na casa de banho, principalmente no local de trabalho. Depois leva o telemóvel para a secretária. Para a mesa de reuniões. Para o gabinete do patrão. Para junto do computador do colega…

Ao El Mundo a dermatologista espanhola Paloma Cornejo mostra o cenário de como as bactérias vão connosco quando usamos o smartphone na casa de banho:

“Quando vamos à casa de banho e puxamos o autoclismo, sem baixarmos a tampa, como a maioria faz para ver se fica tudo limpo, saltam milhares de pequenos salpicos que contaminam o compartimento: desde o próprio wc, às paredes, o chão e a maçaneta da porta… Se de seguida pegamos no telemóvel, passamos as bactérias para ele, mesmo que não o tenhamos colocado no chão ou na sanita.”

O mesmo estudo dá conta ainda do poder de multiplicação que as bactérias podem ter. De acordo com a Rentokil Initial, uma bactéria pode fazer surgir mais de oito milhões de outras bactérias em menos de 24 horas, sendo que as mãos das pessoas no local de trabalho podem entrar em contacto com mais de dez milhões de células bacterianas num só dia.

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Maus hábitos como este mostram que cada vez mais as bactérias se propagam de forma rápida, podendo originar infeções, em particular nas estações mais frias, quando as constipações são mais frequentes. Sublinhando esta ideia a médica, que também é membro da Academia Espanhola de Dermatologia y Vereneologia, afirma que “com as bactérias fecais, podem-se espalhar provocando o vírus da hepatite A”.

Tal como as mãos, temos sempre que desinfetar o telemóvel

Por norma só ficamos com as mãos bem limpas se as lavarmos durante 15 a 20 segundos, e isso é já um bom começo para evitar possíveis contágios. No entanto, o mesmo estudo conta que um terço dos inquiridos não usam sabonete na hora de lavar as mãos, o que significa que as mesmas não ficam devidamente limpas.

No que diz respeito ao telemóvel existe um pequeno truque: passar com cuidado um algodão com álcool pelo aparelho todo, tendo cuidado, claro, com as zonas mais sensíveis.

Além de deixar de o levar para a casa de banho de uma vez por todas.

Já basta que fique infetado só pelo facto de tocarmos em dinheiro, em computadores que sejam muito partilhados ou ainda por andar connosco nos transportes públicos.

Por isso, desinfetá-lo, de vez em quando, é uma boa prática.