É tido como a versão SUV do VW Golf. A fabricar em Portugal, pela Autoeuropa, será apresentado numa versão de pré-produção em Março do próximo ano, no Salão de Genebra. O formato definitivo será conhecido no segundo semestre de 2017, mas certo é que se mantém o nome T-Roc do protótipo que o antecipou, segundo afirmou Herbert Diess à revista britânica Autocar, apesar de terem sido equacionadas outras designações mais convencionais.

Naturalmente desenvolvido tendo por base a plataforma modular MQB do grupo germânico, espera-se que conte com a mesma distância entre eixos do Golf (2.640 mm), ou seja, 41 mm menos do que o Tiguan, abaixo do qual se posicionará. Semelhantes às do protótipo revelado em 2014 deverão ser, também, as dimensões exteriores: aproximadamente 4,2 m de comprimento, 1,8 m de largura e 1,5 m de largura (contra 4,4 m de comprimento, 1,83 m de largura e 1,6 m de altura no Tiguan).

Pelo contrário, a solução tipo Targa, presente no concept mostrado há dois anos no Salão de Genebra, deverá dar lugar a um absolutamente tradicional tejadilho rígido, da mesma forma que a carroçaria contará com cinco e não três portas. Visualmente, e não obstante beber no Golf parte significativa da sua inspiração, a estética exterior será suficientemente distinta para lhe conferir uma personalidade própria e digna do seu carácter SUV.

Com quotas de habitabilidade equiparáveis às do best-seller europeu, é quase certo que o interior adoptará o mesmo tablier e as novas funcionalidades recentemente dadas a conhecer no renovado Golf, incluindo o sistema de infoentreteniento com ecrã de 9,2” e controlo gestual, bem como o painel de instrumento configurável totalmente digital Active Info Display.

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Também do Golf provirão os motores disponíveis, incluindo o 1.0 TSI de 115 cv e o novíssimo 1.5 TSI Evo com sistema de desactivação de cilindros ACT, nas suas versões de 130 cv e 150 cv. A oferta a gasóleo incluirá as mais recentes evoluções dos conhecidos 1.6 TDI e 2.0 TDI, que o “patrão” da VW, em declarações à revista britânica, anuncia como “mais limpos do que a maioria dos seus rivais”. Em equação estará ainda a inclusão de um motor 2.0 turbo a gasolina, destinado a uma versão T-Roc GTI, que poderá chegar aos mesmos 245 cv do novo Golf GTI Performance.

A transmissão prevê a disponibilização de caixas de velocidades manuais e da nova caixa pilotada de dupla embraiagem DSG6 com seis relações. A tracção será dianteira ou integral 4Motion, esta última proposta em opção ou incluída de série consoante as versões.

Da oferta deverão ainda fazer parte as variantes híbrida plug-in T-Roc GTE e eléctrica e-T-Roc, directamente derivadas das declinações semelhantes que o renovado Golf se apresta a receber (a totalmente eléctrica dotada de uma nova bateria, que deverá permitir aumentar a sua autonomia para 300 km).

Em termos comerciais, o T-Roc deverá representar um acréscimo de preço, no máximo, de 10% relativamente ao praticado pelas versões equivalentes do Golf. Com o seu lançamento, e depois de revelado o Atlas destinado ao mercado norte-americano, fica apenas a faltar conhecer um modelo para que se complete a trilogia de novos SUV prometidos pela VW até ao final de 2019: a versão definitiva do protótipo T-Breeze mostrado no Salão de Genebra deste ano, posicionado abaixo do T-Roc e que estará para a VW como o Q2 está para a Audi.