O ministro da Cultura do Brasil, Marcelo Calero, apresentou esta sexta-feira o pedido de demissão do cargo por divergências com membros do Governo, confirmou à agência Lusa a assessoria de imprensa do ministério.

Após ter sido escolhido para secretário nacional da Cultura no governo de Michel Temer a 18 de maio, Marcelo Calero foi nomeado titular da pasta cerca de uma semana depois, quando o Presidente decidiu recuperar o Ministério da Cultura. A decisão foi tomada na sequência de críticas e protestos contra a extinção da pasta.

Devido à crise económica que o Brasil atravessa, ao assumir o cargo — na altura interinamente, ainda durante o processo de destituição da agora ex-Presidente, Dilma Rousseff — Michel Temer (efetivo no cargo desde 31 de agosto) resolveu reduzir o número de ministérios.

A escolha de Marcelo Calero, de 33 anos, para liderar a Secretaria Nacional de Cultura já tinha sido marcada por polémica, depois de, pelo menos, cinco mulheres terem recusado o cargo, numa altura em que o Executivo de Michel Temer também era criticado pela ausência de mulheres à frente dos Ministérios.

Marcelo Calero ingressou na carreira diplomática em 2007 e em 2013 passou a exercer funções na autarquia do Rio de Janeiro. No ano passado, o diplomata assumiu o cargo de secretário municipal de Cultura do Rio de Janeiro.

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