O Banco do Brasil anunciou, esta segunda-feira, um grande plano de reestruturação que prevê o encerramento de agências e um programa de aposentadoria.

Segundo o banco, que é a maior instituição financeira pública do Brasil, serão fechadas 31 superintendências regionais e 402 agências. Outras 379 agências serão transformadas em postos de atendimento bancário.

Com estas mudanças, 781 agências de um total de 5.430 deixarão de existir, número que corresponde a 14%.

Num comunicado ao mercado, o Banco do Brasil destacou que o encerramento das agências resultará numa economia anual com despesas administrativas de 750 milhões de reais (211 milhões de euros).

Paralelamente, foi aprovado um plano extraordinário de reformas que pode atingir até 18.000 funcionários já aptos a aderir voluntariamente ao plano.

Os impactos financeiros do plano serão divulgados ao mercado após o encerramento do período de adesão, mas o presidente do Banco do Brasil, Paulo Caffarelli, disse que o encerramento das agências e o plano de reformas podem representar uma economia de 3,9 mil milhões de reais (1,09 mil milhões de euros).

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Numa entrevista realizada esta segunda-feira, Caffarelli alegou que as mudanças “vão deixar o Banco do Brasil mais forte” e ajudar a instituição a “fazer o seu papel de banco comercial e também fazer o seu braço social enquanto banco de fomento”.

O executivo também afirmou que o Banco do Brasil gasta atualmente 3 mil milhões de reais (840 milhões de euros) por ano a mais do que os bancos privados com folha de pagamento e que a instituição tem atualmente 109.159 funcionários.

O Banco do Brasil divulgou o seu balaço do terceiro trimestre no último dia 10, destacando que teve um lucro líquido de 2,25 mil milhões de reais (630 milhões de euros), uma queda de 8,9% em relação ao trimestre anterior, quando os seus ganhos somaram 2,46 mil milhões de reais (690 milhões de euros).