O treinador Nuno Espírito Santo destacou esta segunda-feira a determinação do FC Porto em resolver na terça-feira o apuramento para os oitavos de final da Liga dos Campeões de futebol, vencendo o FC Copenhaga na Dinamarca.

A equipa vai procurar ser eficaz e vencer o jogo para ter oportunidade de fechar as contas para estarmos nos oitavos de final. São três pontos que fecham as contas. Somos ambiciosos o suficiente para interpretar os jogos assim. Não pensamos em outro resultado que não seja a vitória”, disse, na antevisão ao desafio da quinta jornada do grupo G.

Em Copenhaga, o FC Porto precisa de fazer o que Club Bruge (4-0) e Leicester (0-0) não conseguiram, ou seja, marcar um golo na Dinamarca, frente a uma euipa que empatou 1-1 no Dragão.

Sabíamos desde o princípio que é uma grande equipa, que merecia estar na fase de grupos. Demonstrou isso no Dragão. Em casa, tem um registo de resultados muito bom. São bem organizados, têm internacionais dinamarqueses, um meio campo forte e um bom sistema defensivo”, elogiou.

Cornelius e Federico Santander, os dois avançados que alinharam em Portugal, vão falhar o desafio de terça-feira, mas Nuno Espírito Santo recorda que, embora sejam “baixas importantes”, o adversário tem outras soluções, exemplificando com a possível utilização de Pavlovic.

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São dois jogadores que estão sempre no onze, podem ser importantes, mas o Copenhaga não depende apenas deles. Mais importante é sermos nós próprios. Temos a sorte de ter todo o grupo disponível. Com todo o respeito, queremos os três pontos”, frisou.

Instado a comentar as arbitragens do FC Porto esta época, Nuno Espírito Santo voltou a queixar-se, mas lembrou que o conjunto que dirige também tem acertos a fazer.

Há dois momentos que podemos lamentar, o trabalho dos árbitros, que só podemos esperar que melhore, e o facto da produção e bom jogo da equipa não estar a ser materializado em golo. Temos de agir no que depende de nós. Treinar com exigência muito grande para melhorar, continuar a crescer e potenciar a virtude para sermos das melhores equipas da Europa”, disse.

O técnico entende que transformar as injustiças da arbitragem em “sentimento de revolta” é um processo que “pode cegar a equipa, um erro muito grande”, pelo que espera que esta foque e concentre as energias em conseguir já o apuramento para os ‘oitavos’ da Liga ‘milionária’.

O médio Óliver Torres elogiou a “grande equipa” do Copenhaga, mas perspetivou uma “grande exibição” do FC Porto, confiante de que a “ambição e ilusão” do grupo que integra podem resultar na conquista dos três pontos.

O jovem espanhol entende que os azuis e brancos têm criado muitas situações de golo, embora sem a eficácia desejada: “Criámos 80 oportunidades em quatro jogos, o que poucos conseguem. É continuar o trabalho, continuar a criar e os golos surgirão.

Com o tempo, cometemos menos erros. Do meio campo para a frente somos muito jovens e isso para mim é uma virtude. O FC Porto, com o Nuno à frente, está a fazer um bom trabalho. Todos os jogadores querem marcar e ajudar a equipa”, completou.

Copenhaga e FC Porto defrontam-se pelas 19h45 (horas de Lisboa) de terça-feira na capital da Dinamarca, em partida da quinta jornada do grupo G, que será arbitrada pelo sérvio Milorad Mazic.