Barack Obama diz que “a realidade vai obrigar” Donald Trump a “ajustar a forma como aborda muitos temas”. No seu último discurso fora dos Estados Unidos enquanto presidente, feito no Peru, Obama garantiu que “o presidente eleito não vai seguir algumas das posições que tem tomado”, sobretudo relativamente a temas mais quentes como a segurança nacional. Questionado sobre as tomadas públicas de posição de Trump, Obama concluiu: “É apenas a forma como o gabinete dele funciona”.

Já relativamente ao futuro, o atual presidente norte-americano manteve a postura descontraída que tem mantido ao longo dos últimos dias. “A minha intenção é, certamente, nos próximos dois meses, terminar o meu trabalho”, explicou. “Depois disso, quero levar a Michelle de férias, descansar um pouco, passar algum tempo com as minhas filhas, e escrever e pensar”, concluiu. E, sobretudo, sublinha que não irá interferir com a administração de Trump, à semelhança do que George W. Bush fez consigo.

Entretanto, Donald Trump continua a escolher os membros da sua administração como se fosse “um espetáculo televisivo”, enquanto apresenta “os finalistas para as posições de topo perante os repórteres e o mundo”, escreve o The New York Times. Este fim-de-semana, enquanto Obama discursava no Peru, Trump recebia vários republicanos no seu clube de golfe privado, em New Jersey.

No Twitter, o presidente eleito vai deixando algumas pistas sobre os membros do seu gabinete. O general James Mattis, “que está a ser considerado para Secretário da Defesa, foi impressionante ontem, um verdadeiro general”, escreveu Trump, referindo-se ao encontro que teve com Mattis no seu clube de golfe. Na propriedade de luxo de Donald Trump estiveram também Rudolph Giuliani, um dos favoritos para o cargo de Secretário de Estado, Mitt Romney, que já chamou “impostor” a Trump, e ainda Chris Christie, que já foi afastado da equipa de transição.

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