O conceito de mobilidade está a mudar, e não há marca que se preze que não estude mil e uma maneiras de se adaptar a uma nova realidade que, por muitas previsões que se arrisquem, ainda ninguém sabe muito bem qual será. E, por isso, não há nada como inovar e, sobretudo, testar.

Foi o que a Mini decidiu fazer nos EUA. A 15 de Dezembro próximo, será lançado um programa-piloto que permitirá aos proprietários de um modelo da marca alugar o seu automóvel sempre que dele não necessitem. É o primeiro do género, a nível mundial, destinado a avaliar se é viável alugar um Mini num esquema semelhante ao dos alugueres comunitários de habitações a turistas (os célebres e tão em voga Airbnb).

Para tal, a Mini desenvolveu uma app específica em que ambas as partes interessadas acordam as condições do aluguer. Para já, o sistema prevê um aluguer mínimo de dois dias, efectuado através do ReachNow, o programa de partilha de veículos que a BMW implementou em alguns locais dos EUA, e que inclui modelos da BMW, da Mini e o eléctrico i3. No caso em apreço, só estará disponível em Seattle, por ser o local onde já existem pontos autorizados na via pública para levantamento e entrega dos veículos.

Crente de que a Mini, até pela sua filosofia de marca, poderá desempenhar um papel importante na experimentação de novas soluções de mobilidade para o grupo, a BMW vê aqui também uma oportunidade para conquistar um novo tipo de clientes para a marca britânica. E avança com um exemplo tão ilustrativo quanto determinante: se alguém possuir um Mini Cabrio que o utilize apenas nos fins-de-semana, poderá alugá-lo durante a semana e, assim, facturar o suficiente para pagar a respectiva prestação mensal.

Apesar de os detalhes da iniciativa ainda não estarem todos definidos, a Mini adianta que pretende recomendar aos seus clientes que adiram a este programa que pratiquem preços fixos e uniformes, antevendo que 15 dias de aluguer sejam suficientes para render qualquer coisa como cerca de 300€. Outra condição necessária para a adesão é o Mini a alugar ter sido produzido depois de 2016 em diante, visto que os anteriores ainda não dispunham das soluções de conectividade necessárias para o uso da app que viabiliza toda esta operação.

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