O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, defendeu na segunda-feira, em Buenos Aires, que o Acordo de Associação Transpacífico (TPP, na sigla inglesa) não faz sentido sem a participação dos Estados Unidos.

“O TPP não tem sentido sem os Estados Unidos”, afirmou, numa conferência de imprensa, o primeiro-ministro japonês, que realiza uma visita oficial à Argentina, defendendo ainda que o pacto não pode ser renegociado, porque iria “perturbar o fundamental equilíbrio dos benefícios”. A afirmação de Shinzo Abe surge depois de o futuro Presidente norte-americano, Donald Trump, ter anunciado que vai os EUA do Acordo de Associação Transpacífico quando chegar à Casa Branca por ser um “potencial desastre” para o país.

Donald Trump, que durante a campanha eleitoral tinha afirmado a sua oposição ao acordo, disse que quando tomar posse, a 20 de janeiro, vai antes negociar “tratado bilaterais justos”, que gerem empregos para o país.

O Acordo de Associação Transpacífico, uma iniciativa impulsionada pelo Presidente norte-americano cessante, Barack Obama, não foi ainda ratificado pelo Congresso dos Estados Unidos, devido à oposição dos republicanos.

O acordo, assinado a 4 de fevereiro, depois de cinco anos de negociações, inclui os Estados Unidos, Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Japão, Malásia, México, Nova Zelândia, Peru, Singapura e Vietname e abrange 40% da economia mundial. Shinzo Abe reuniu-se na segunda-feira com o Presidente argentino, Mauricio Macri, e assinou acordos comerciais naquela que é a primeira visita de um primeiro-ministro japonês à Argentina em 57 anos.

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