Rodrigo Tacla Duran, cidadão de nacionalidade brasileira e espanhola, foi detido na passada sexta-feira num hotel em Madrid segundo noticia o jornal El Español. O ‘cérebro financeiro’ do caso Petrobrás está a ser acusado de crimes como branqueamento de capitais, corrupção e associação criminosa. Na base destas acusações está o facto de ter sido responsável pelo pagamento de comissões como contrapartida pela adjudicação de obras públicas e privadas, tanto no Brasil como no estrangeiro.
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Segundo a Guarda Civil espanhola, que trabalhou em conjunto nesta detenção com o Gabinete Central Nacional da Interpol em Espanha, Duran terá estado sempre nos Estados Unidos, desde a sua saída do Brasil em abril passado. Teria como intenção regressar a Miami assim que possível. As autoridades dão conta ainda que com ele tinha cerca de 7 mil euros em notas, quatro telemóveis e ainda 7 USB.
Desviou 14 milhões
Com 43 anos de idade, aquele que é considerado o ‘cérebro financeiro’ do caso Petrobrás exercia funções de advogado na empresa de construção Odebrecht. E, à semelhança de nomes sonantes da política brasileira como Dilma Rousseff ou Lula da Silva, estava a ser investigado no âmbito da Operação Lava Jato, por suspeitas de lavagem de dinheiro da Petrobrás tendo conseguido desviar cerca de 14 milhões euros com destino a vários partidos políticos.
Agora está a ser acusado de ser o principal responsável pelo pagamento de comissões que depois receberia em troca a adjudicação de obras publicas e privadas tanto no Brasil como no estrangeiro.
Com um mandado de extradição para o Brasil, Duran aguarda a decisão na prisão de Soto del Real, em Madrid.