A rede social Facebook desenvolveu um alegado software para suprimir publicações no feed de notícias de pessoas em determinadas zonas do globo. A notícia é avançada pelo jornal New York Times (NYT) que cita três empregados (alguns deles são ex-colaboradores) da gigante norte-americana, sendo que todos solicitaram anonimato uma vez que a ferramenta é confidencial.

O software em causa — que não passa de uma de muitas ideias da empresa, sem que exista indicação de que venha a ser aplicada — pretende tornar a entrada do Facebook no mercado chinês mais fácil. O mercado com 1.4 mil milhões de pessoas tem sido particularmente difícil para a rede social que já antes foi bloqueada nesse país.

As fontes contactadas por aquele jornal garantiram que Mark Zuckerberg, o fundador do Facebook, defende o desenvolvimento da ferramenta.

Conteúdos restritos não são propriamente uma novidade para a rede social, que por norma aceita pedidos governamentais para bloquear alguns conteúdos depois de publicados, como por exemplo já se verificou na Rússia, Paquistão e Turquia. A diferença aqui é que a ferramenta em causa impede que o conteúdo apareça nos feeds de notícias. A verificar-se a utilização deste software, o papel de suprimir os posts nunca seria do Facebook mas sim de um parceiro local — possivelmente uma empresa chinesa.

A notícia do NYT vai contra a missão do Facebook em tornar o mundo mais ligado e aberto. O jornal cita ainda uma porta-voz da rede social: “Há muito tempo que dizemos que estamos interessados na China. Estamos a dedicados a perceber e a aprender mais sobre o país”. Segundo a mesma fonte, a empresa não tomou ainda qualquer decisão tendo em conta o mercado chinês.

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