Depois de, em Setembro, ter afirmado que a marca ainda não estaria preparada para abandonar a tecnologia diesel, e que continuaria a propor modelos a gasóleo nos EUA, o CEO da VW, Herbert Diess, acabou por assumir que o construtor de Wolfsburg vai mesmo deixar de comercializar automóveis equipados com este género de motor no mercado norte-americano. Informação já confirmada por um porta-voz da VW à agência Reuters e que, assim, dá por finda a especulação de que a empresa poderia voltar a apostar nesta solução no segundo maior mercado automóvel do mundo.

Na base desta decisão estará não só o escândalo das emissões, e suas consequências, mas também as normas de protecção ambiental mais restritivas que se prevê que sejam implementadas nos EUA a curto prazo. A mesma linha de raciocínio foi adoptada por Hinrich Woebcken, responsável máximo pela VW naquele país, quando referiu, por ocasião do Salão de Los Angeles, não acreditar que os diesel algumas vez voltassem a ter a mesma magnitude que tiveram até aos dias de hoje, apesar de terem chegado a representar cerca de um quarto das vendas da marca nos EUA.

Já a Audi parece ter uma perspectiva diferente do mesmo tema. Scott Keogh, presidente da filial norte-americana da marca dos quatro anéis, declarou à Reuters que “uma vez que tudo esteja ultrapassado [n.d.r.: o problema das emissões], vejo uma oportunidade potencial para oferecer uma versão diesel num modelo, e esse modelo será, provavelmente, o SUV Q7”.

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