O primeiro-ministro, António Costa, afirma que em um ano de Governo, com o apoio dos partidos à esquerda (BE e PCP), ninguém “teve de engolir sapos”. Em entrevista à Visão, o chefe do Executivo fala das vitórias e derrotas, num balanço ao primeiro ano de Governo.

Da relação que construiu com os partidos, para formar aquele que é apelidado de Governo da “Geringonça”, à polémica com o ministro das Finanças alemão, passando ainda pela relação com os dois Presidentes — Cavaco e Marcelo — e pela polémica da Caixa Geral de Depósitos, António Costa fala um pouco de tudo nesta entrevista de balanço, que decorreu na residência oficial, em São Bento.

Sobre a relação com o Bloco e o PCP, Costa garante que ninguém teve de engolir sapos para que os consensos fossem gerados. “O PCP não teve de passar a ser adepto do euro, nem o Bloco teve de passar a ser adepto do Tratado Orçamental, nem o PS teve deixar de ser o campeão da integração europeia… Nenhum de nós tem de engolir sapos”, refere. Mais, afirma que, “na Europa, as relações pessoais são importantes, mas o decisivo são os resultados.”

Andorinhas de primavera

Costa foi também questionado sobre a polémica posição que o ministro das Finanças alemão, Schäuble, tomou em relação ao desempenho do Governo português. O primeiro ministro português aproveitou a questão para deixar uma crítica ao ministro alemão dizendo que “o ministro Schäuble é uma andorinha que não faz a primavera… E que, felizmente, não marca o tom da relação que temos com as instituições europeias”.

António Costa garantiu ainda que a opinião de Schäuble sobre o Governo português “não corresponde às posições das instituições europeias nem, sequer, do próprio Governo alemão”.

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