Um espetáculo de dança, concertos, meia-maratona, sessão evocativa e a estreia de um filme-documentário integram as comemorações oficiais dos 30 anos de Évora como Património Mundial pela UNESCO, que decorrem até 06 de dezembro.

O programa de atividades foi preparado pela câmara para celebrar os 30 anos, que se assinalam já na sexta-feira, da classificação do centro histórico da cidade como Património Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).

O ponto alto das comemorações, que já estão a decorrer, tem lugar, precisamente, esta sexta-feira, às 21:00, com a uma sessão evocativa da efeméride, no Teatro Garcia de Resende (TGR), explicou o município.

A sessão, segundo a autarquia, vai contar com intervenções do presidente da câmara, Carlos Pinto de Sá, e da diretora regional de Cultura do Alentejo, Ana Paula Amendoeira, a seguir às quais vai decorrer um concerto pela Orquestra Philarmónica de Lisboa, dirigida pelo maestro Miguel Madaleno.

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Nesse mesmo dia, mas durante a tarde, vão ser entregues os certificados de “Cidadão Temporário de Évora”, no âmbito do Projeto Jovens Embaixadores, numa cerimónia nos Paços do Concelho, e vai ser realizada uma visita guiada à intervenção no fresco do tímpano das arcadas, na Rua João de Deus.

A assinatura do acordo de doação à câmara do espólio de projetos de arquitetura e engenharia da autoria do arquiteto João Raúl David e do engenheiro Celestino António David, pelas famílias Froes David Callado e Luís David, é outro dos destaques de sexta-feira, às 18:00, nos Paços do Concelho.

O filme-documentário “Marfim”, de Luís Godinho, tem estreia marcada para sábado, às 21:00, no Auditório Soror Mariana.

“Acompanhado pela viola campaniça, António Bexiga percorre as ruas do centro histórico de Évora e desafia outros músicos e artistas e utilizarem praças e monumentos como cenário de representação artística”, resumiu a autarquia, a propósito do filme.

No domingo, é a vez de as ruas da cidade alentejana serem “invadidas” pela meia-maratona EDP Distribuição, estando a noite reservada para o espetáculo de dança “FOLCLORE”, de Luis Marrafa, em honra da cidade, no TGR.

O centenário teatro vai, igualmente, acolher um concerto da Orquestra Gulbenkian, no dia 30, e um espetáculo de poesia homónima por Júlio Resende e Júlio Machado Vaz, a 02 de dezembro.

O encerramento do programa oficial de comemorações, a 06 de dezembro, acrescentou a câmara, contempla a inauguração da exposição “O Centro Histórico de Évora e as Artes do Trabalho (1939-1960), no Convento dos Remédios.

Os 30 anos de Évora como Património Mundial já incluíram, este mês, concertos e o lançamento de um vinho comemorativo, pela Casa Agrícola Alexandre Relvas.

O inestimável valor patrimonial do centro histórico de Évora foi reconhecido a 25 de novembro de 1986, quando o Comité do Património Cultural de Paris anunciou a decisão da UNESCO.

A proposta de classificação havia sido apresentada pela autarquia ao Ministério dos Negócios Estrangeiros cerca de um ano antes, depois de, em 1984, ter manifestado essa intenção junto da Comissão Nacional da UNESCO.

Considerada “o melhor exemplo de cidade da idade do ouro portuguesa”, após a destruição de Lisboa pelo terramoto de 1755, e da “influência exercida pela arquitetura portuguesa no Brasil”, Évora possui imóveis notáveis, como fontes e chafarizes, muralha, aqueduto, conventos, palácios, solares e igrejas, além do templo romano.