Histórico de atualizações
  • Este foi um sábado diferente. Foi o primeiro dia sem o histórico líder cubano Fidel Castro, que morreu, na noite de sexta-feira [3h29, hora de Lisboa], aos 90 anos. A notícia rapidamente correu o mundo e as reações chegaram dos quatro cantos. Do líder russo Putin, que lhe chamou “símbolo de uma era”, ao presidente chinês que desejou vida eterna para o “camarada Castro”. Dos Estados Unidos, Barack Obama disse que a história se encarregará de o julgar e o Presidente eleito, Donald Trump, secamente, declarou que “o mundo assinala a morte de um ditador brutal”.

    As mensagens multiplicaram-se. As opiniões em relação a Castro dividem-se, mas há um ponto comum com que todos concordam: Fidel Castro marcou a História. Em Little Havana, em Miami, a festa durou o dia inteiro, enquanto noutros países, a dança e os foguetes foram substituídos por lágrimas. Cuba decretou nove dias de luto nacional. A Venezuela três e a Argélia oito.

    Obrigada por nos ter acompanhado desse lado. Hasta mañana.

  • Sócrates: "Hoje morreu um dos grandes líderes carismáticos mundiais"

    José Sócrates recordou Fidel Castro como “um dos grandes líderes carismáticos mundiais”, independentemente da controvérsia quando ao legado político.

    “Hoje morreu um dos grandes líderes carismáticos mundiais, um grande personagem político”, afirmou o ex-primeiro-ministro, considerando que apesar de haver “muita controvérsia quanto ao seu legado político, ele foi, sem dúvida, um dos grandes líderes políticos carismáticos no combate às ditaduras”.

    E embora nunca tenha sido “um líder de convergência, de consenso”, “sempre foi um líder que se afirmou com base na sua coragem e, muitas vezes, na coragem pessoal”. “É por isso que, no momento em que ele desaparece, independentemente da controvérsia que o seu regime provoca, quero recordá-lo assim: como um grande líder político que teve a coragem de combater uma ditadura e uma ditadura sanguinária.”

  • O ex-Presidente brasileiro Fernando Henrique Cardoso afirmou, este sábado, que Fidel Castro não presenciará as “nuvens carregadas de [Donald] Trump”, eleito presidente dos Estados Unidos.

    “Do desprezo altaneiro aos Estados Unidos, Cuba passou a sentir que com [Barack] Obama poderia romper o seu isolamento. As nuvens carregadas de Trump não serão presenciadas por Fidel”, comentou, numa mensagem publicada na rede social Facebook. A morte de Fidel Castro, continuou, “marca o fim de um ciclo, no qual, há que se dizer que, se Cuba conseguiu ampliar a inclusão social, não teve o mesmo sucesso para assegurar a tolerância política e as liberdades democráticas”.

    Lusa

  • Juanita Castro lamenta morte do irmão, mas não vai ao funeral

    Um das irmãs de Fidel Castro, Juanita Castro, que está exilada em Miami, lamentou a morte do líder da revolução cubana, mas disse que não estará presente nas cerimónias fúnebres. Os dois separaram-se por “razões políticas durante muitos anos, mas os sentimentos e os laços familiares mantiveram-se”, referiu à Univisión.

  • Venezuela e Argélia decretam luto nacional

    O Governo da Venezuela decretou três dias de luto nacional “para honrar a memória e o eterno legado” do ex-líder cubano, Fidel Castro. E também o presidente argelino, Abdelaziz Buteflika, decretou oito dias de luto pela morte de Fidel, um “grande amigo pessoal” e do povo argelino, segundo o El País.

  • A coordenadora do BE, Catarina Martins, disse, este sábado, que o regime com muitos erros protagonizado por Fidel Castro não pode apagar a homenagem a um grande revolucionário e um estadista que marca a história.

    “Cuba fez uma luta contra o imperialismo, combateu a pobreza, teve avanços na ciência, na saúde extraordinários que são reconhecidos por todo o mundo, mas [Fidel Castro] é também o protagonista de um regime com muitos erros que o BE nunca deixou de denunciar, desde logo um regime de partido único que negava liberdades e que perseguiu pessoas pela sua diferença”, recordou Catarina Martins, na conferência de imprensa após a reunião da Mesa Nacional do BE, que decorre, este sábado, em Lisboa.

    Para a líder bloquista, as diferenças sobre o percurso que foi feito em Cuba “não podem apagar naturalmente a homenagem a um grande revolucionário”, ““um revolucionário do século XX, um estadista que marca a história e um homem com grandes proezas”.

    “É indesmentível pela história que Fidel Castro é um grande homem, foi um grande homem da revolução cubana, uma revolução vitoriosa”, sublinhou.

    Lusa

  • Presidente sírio diz que Fidel "permanecerá para sempre nas mentes das gerações"

    Num telegrama enviado a Cuba em que expressa “profundas condolências”, o Presidente sírio, Bashar al-Assad afirma que o nome de Fidel Castro “permanecerá para sempre nas mentes das gerações e de todos os povos que aspiram à verdadeira independência do jugo do colonialismo e da hegemonia”. Para al-Assad, Cuba tornou-se “um farol da liberdade dos povos latino-americanos”.

    O telegrama enviado pelo Chefe de Estado em nome do povo sírio ao homólogo cubano Raul Castro, irmão de Fidel Castro, aos diferentes líderes e ao povo cubano, al-Assad descreve Fidel como “o grande líder do mundo que liderou a luta do seu povo contra o imperialismo e a hegemonia durante décadas de forma eficaz e efetiva” e afirma que a sua “determinação se tornou lendária e inspirou dirigentes e povos de outras partes do mundo”.

    Lusa

  • Amnistia Internacional: "Um líder progressista mas profundamente defeituoso"

    A Amnistia Internacional destacou que Fidel Castro evidenciou-se por boas razões, como a melhoria dos serviços públicos, e por más razões, como a repressão sistemática das liberdades básicas durante a sua governação.

    “Há poucas figuras políticas que geraram tanta polarização como Fidel Castro, um líder progressista mas profundamente defeituoso”, disse a diretora da Amnistia para as Américas, Erika Guevara-Rosas.

    Num comunicado colocado no site da instituição, a diretora vincou que “o acesso a serviços como a saúde ou a educação para as pessoas em Cuba melhoraram substancialmente depois da revolução cubana e, por isto, a sua liderança deve ser aplaudida”. No entanto, continuou, “apesar dos feitos em políticas sociais, os 49 anos de Fidel Castro no poder foram caracterizados por uma repressão sem limites à liberdade de expressão”.

    Lusa

  • O vice-presidente eleito dos EUA, Mike Pence, pronunciou-se no Twitter sobre a morte do “tirano Castro”, dizendo que nasce uma “uma nova esperança” e colocando-se “ao lado” do cubanos oprimidos que querem uma “Cuba livre e democrática”.

  • Maradona: "Dói-me o coração porque o mundo perde o mais sábio de todos"

    O ex-futebolista Diego Maradona já lamentou a morte de Fidel Castro. “Ligaram-me de Buenos Aires a dar a notícia da morte daquele que era o maior e fiquei em choque. Fidel Castro morreu e eu estou muitíssimo triste, porque ele era como um segundo pai para mim”, afirmou Maradona, em Zagreb, onde estava a assistir à final da Taça Davis de ténis, entre Argentina e Croácia.

    Na sua conta de Facebook, Diego Maradona também deixou uma mensagem de tristeza. “Morreu o meu amigo, o meu confidente, o que me aconselhou, que me ligava a qualquer hora para falar de política, de futebol, de basebol, o que me disse que quando Clinton fosse embora o que vinha era pior, que foi Bush. Como nunca se enganou, para mim Fidel é, foi e será eterno, o único, o maior. Dói-me o coração porque o mundo perde o mais sábio de todos”.

    Em 2000, Maradona surgiu publicamente ao lado de Fidel Castro, quando passou uma temporada em Cuba, onde se submeteu a um dos vários tratamentos de desintoxicação de droga.

  • Polícia separa defensores e opositores de regime em Madrid

    A polícia espanhola separou, este sábado, dois grupos, um de defensores e outro de opositores do regime cubano, que trocaram insultos quando se manifestavam junto à embaixada de Cuba em Madrid depois da notícia da morte de Fidel Castro.

    Os defensores do regime cubano, formado por algumas dezenas de pessoas, na sua grande maioria de espanhóis pertencentes a organizações de extrema-esquerda, foram os primeiros a chegar em frente da embaixada em resposta a apelos feitos nas redes sociais. Os anticastristas estavam num pequeno grupo de “pouco mais do que uma dezena de pessoas”, segundo a polícia, maioritariamente cubanos que fugiram do regime que Governa Cuba desde finais dos anos 50 do século passado.

    “Viva Cuba, viva Fidel”, “Cuba Vencerá” e Viva Cuba socialista” eram algumas das palavras de ordem que se podiam ouvir no final da manhã junto à embaixada, que tinha a bandeira cubana a meia haste, depois do grupo de opositores do regime cubano se ter retirado do local.

    “Viemos aqui porque respeitamos Fidel Castro, um homem que fez muito pelo seu povo”, disse Marisa Flores à agência Lusa, acrescentando que “o líder cubano faleceu num momento crítico, depois da vitória de Donald Trump nos Estados Unidos”.

    Os manifestantes empunhavam várias bandeiras de Cuba e de organizações espanholas de extrema-esquerda e permaneceram no local durante várias horas, apesar da chuva que caía.

    “Respeito e solidariedade pelo camarada Fidel. É por isso que estou aqui”, disse Manuel Segura que estava em casa quando recebeu uma mensagem de um amigo a incentivá-lo a ir até à embaixada.

    Lusa

  • O Governo timorense expressou, este sábado, “profundo pesar” pela morte do líder histórico cubano Fidel Castro, um “grande amigo” e fonte de “inspiração” para Timor-Leste. “O Governo de Timor-Leste, em nome do povo timorense, apresenta as suas condolências ao Presidente Raúl Castro e manifesta a sua solidariedade para com o povo cubano”, refere um comunicado do executivo timorense.

    “Fidel Castro foi uma inspiração para muitos timorenses durante a luta pela autodeterminação e um apoiante ativo do desenvolvimento de Timor-Leste após a restauração da independência”, sublinha.

    O Governo recorda que Fidel Castro foi agraciado em 2010 com o Grande Colar da Ordem de Timor-Leste, “pelo apoio do seu país nas áreas da saúde e educação”, tendo a condecoração sido entregue a Raúl Castro, em nome do seu irmão, por José Ramos-Horta.

    “O ex-primeiro-ministro, Xanana Gusmão, recorda o Comandante-em-Chefe Fidel Castro como um amigo querido e respeitado. Neste momento de luto, o Governo recorda o papel do Comandante-em-Chefe Fidel Castro e a sua amizade resoluta em relação a Timor-Leste”, refere.

    A cooperação institucional entre Timor-Leste e Cuba – “caracterizada pelo respeito mútuo, amizade e boa vontade” – começou depois de uma reunião em fevereiro de 2003, na Malásia, em que Fidel Castro se reuniu com uma delegação timorense que incluía Xanana Gusmão, José Ramos-Horta e Mari Alkatiri.

    “Timor-Leste expressa a sua gratidão a Fidel Castro e ao povo cubano pelas brigadas de profissionais de saúde que trabalham em Timor-Leste, pela concessão de 1.000 bolsas de estudo em Medicina em Cuba para jovens timorenses, pela assistência técnica na eliminação do analfabetismo e pelas parcerias na área do desporto”, recorda o Governo em Díli.

    Lusa

  • José Eduardo dos Santos destaca "figura ímpar" e papel em "em prol da liberdade"

    O Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, também já se manifestou. Em nota da Casa Civil, o Presidente angolano manifestou-se ““profundamente consternado” com a morte do histórico líder cubano.

    Na nota é referido que José Eduardo dos Santos considera Fidel Castro “como uma figura ímpar de transcendente importância histórica que marcou a sua época pelo papel que desempenhou no seu país e nas grandes transformações da humanidade, em prol da liberdade, justiça social e desenvolvimento dos povos”.

    O chefe de Estado angolano recorda a “solidariedade que Cuba brindou à luta dos povos colonizados, em especial ao povo angolano”, sublinhando a “inesquecível contribuição” de Cuba e da liderança de Fidel Castro, “na defesa e manutenção da soberania e integridade territorial de Angola, na resistência à agressão do então regime racista sul-africano”.

    Em Angola, a morte de Fidel Castro está em plano de destaque em toda a comunicação social pública desde as primeiras horas da manhã, com especiais de informação sobre o líder histórico e recordando as relações entre os dois países, nomeadamente as várias reuniões entre o primeiro Presidente angolano, Agostinho Neto, e o “El Comandante”.

    Também tem sido recordado o apoio – militar – de Cuba, através das decisões de Fidel Castro, à luta pela independência de Angola, no período da guerra colonial, e na “derrota dos exércitos invasores do então regime do apartheid da África do Sul e do ex-Zaire”, segundo uma declaração do MPLA, partido que governa o país desde 1975.

    Lusa

  • Embaixada de Cuba, em Lisboa, vai abrir livro de condolências até dia 4 de dezembro

    A embaixada de Cuba, em Lisboa, abre na segunda-feira de manhã um livro de condolências pela morte de Fidel de Castro, que estará disponível até ao próximo dia 4 de dezembro, disse à Lusa a embaixadora Johana Tablada de la Torre. A diplomata afirmou que tem recebido “inúmeras mensagens de pêsames” de personalidades e entidades portuguesas, assim como de outros diplomatas colocados na capital portuguesa.

  • A líder do CDS-PP, Assunção Cristas, considerou, este sábado, que o “momento histórico” da morte de Fidel Castro será um ensejo para que a normalização das relações de Cuba com o resto de mundo aconteça de forma mais acelerada.

    “Há um processo interno certamente, um processo de maior democratização e eu creio que este momento histórico – que não deixa de ser um momento histórico – também é um momento que já coincide com uma abertura do regime cubano e será certamente um ensejo para que a normalização das relações com o resto de mundo se possa dar, a partir de agora, de forma, até porventura, mais acelerada”, respondeu Assunção Cristas, em Lisboa, aos jornalistas quando questionada sobre a morte do antigo presidente cubano Fidel Castro.

    Para a líder centrista, “o mais importante para sinalizar é o que significa de abertura de Cuba ao resto do mundo, de normalização das relações internacionais de Cuba”.

    Questionada concretamente sobre a figura de Fidel Castro, Cristas escusou-se a fazer qualquer comentário uma vez que, na sua opinião, “é mais interessante olhar para o sinal político”.

    Lusa

  • O Partido Social Democrata enviou uma mensagem de condolências à Embaixada de Cuba em Lisboa, pela morte do histórico líder cubano. O PSD “salienta o importante papel desempenhado por Fidel Castro na história de Cuba e endereça ao povo cubano e ao seu Governo as mais sentidas condolências”.

  • A reação dura do antigo campeão russo de xadrez, Gary Kasparov, ao legado de Fidel Castro

  • Trump diz que o mundo assinala "morte de ditador brutal"

    Depois de um primeiro registo seco no Twitter, Donald Trump emitiu um comunicado mais extenso sobre a morte de Fidel Castro.

    “Hoje, o mundo assinala a morte de um ditador brutal que oprimiu o seu próprio povo durante quase seis décadas. A herança de Fidel Castro é de pelotões de fuzilamento, roubo, sofrimento inimaginável, pobreza e negação de direitos humanos fundamentais.”

    Considerando que Cuba permanece uma “ilha totalitária”, Trump tem a esperança de que o dia de hoje marque o afastamento dos “horrores que duraram demasiado tempo” e a entrada no caminho de “futuro em que o fantástico povo cubano viva finalmente na liberdade que tanto merece”.

    O presidente eleito compromete-se a “fazer tudo o que puder” para que a “prosperidade e a liberdade” regressem a Cuba.

  • Obama diz que a História vai julgar o enorme impacto de Fidel Castro

    Na morte de Fidel Castro, Barack Obama estende a “mão da amizade ao povo cubano”. Num testemunho divulgado pela Casa Branca, o ainda presidente norte-americano assinala as emoções poderosas que estão a ser vividas pelos cubanos, uma vez que Fidel Castro mudou a a vida do país e de muitos dos seus habitantes. E diz que a “História vai recordar e julgar o enorme impacto que esta figura singular teve nas pessoas e no mundo à sua volta”.

    Recordando ainda as quase seis décadas de relações entre os Estados Unidos e Cuba, marcadas por profundos desacordos políticos, assinala o trabalho feito pela sua administração para colocar o passado para trás e normalizar o relacionamento entre os dois países. Um esforço que pode ficar comprometido pela chegada de Donald Trump à Casa Branca.

    O presidente não esqueceu uma referência à “contribuição” da importante comunidade cubana nos Estados Unidos, uma parte da qual veio para as ruas celebrar a morte de Fidel Castro. E deixou as condolências à família de Castro e ao povo cubano reafirmando que os Estados Unidos são um “parceiro e amigo”.

  • O Bloco de Esquerda saúda a memória de Fidel e solidariza-se com povo de Cuba. Numa nota do secretariado da comissão política, o Bloco destaca que Fidel Castro foi uma das figuras mais importantes do século XX.

    “Por mais lendas históricas que se contem sobre heróis infalíveis e encarnações do mal, elas só negam a cidadania e o pensamento crítico. Fidel foi o autor, como figura histórica de grande importância, de grandes feitos e de grandes erros”.

    Lembrando, “o criminoso bloqueio norte-americano e a permanente sabotagem económica” que “puniu as populações” e “rigidificou o regime e a sua burocracia.”, o BE assinala que a revolução cubana foi uma referência para as “lutas dos povos na América Latina”. E diz que Cuba foi o David que derrotou Golias, concluindo que “Fidel Castro, nos seus erros e nos seus feitos, foi um grande estadista cubano e assim será recordado”.

1 de 4