Por muito bem que alguém conheça um local, existe sempre a hipótese de existir um recanto escondido ou uma surpresa ao virar da esquina. Com o fim de semana à porta, porque não experimentar uma atividade diferente, gratuita, com a família ou com amigos a tentar redescobrir novos locais?

Como todos os momentos especiais devem ser recordados, acrescentamos ainda a fotografia à atividade. Mas só é necessário um smartphone e fica tudo pronto.

As aplicações necessárias

Como não convém gastar dinheiro, as aplicações são gratuitas e fáceis de utilizar, no entanto recomenda-se a utilização de um smartphone de gama média/alta uma vez que a precisão do GPS e a qualidade da câmara são influenciados pela gama do aparelho.

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A primeira é a rede social dedicada à fotografia, o Instagram. Esta aplicação tem evoluído ao longo dos anos e, atualmente, permite uma edição fotográfica bastante completa para partilhar as fotos nas redes sociais. Se não pretender partilhar as fotografias no Instagram, pode editar na aplicação, com a Internet desligada, e quando carregar na opção de publicar vai aparecer um erro. Apesar do erro, a fotografia editada fica guardada no smartphone.

A segunda aplicação está associada ao geocaching, uma atividade ao ar livre que consiste em procurar pequenas caixas (apelidadas de caches) que estão escondidas por todos os cantos e nos sítios mais óbvios também.

Normalmente dão a conhecer locais de interesse que, muitas das vezes, não são do conhecimento de todos. Existem vários tipos de cache:

  • Tradicionais – estão no local das coordenadas
  • Multi-cache – começam num determinado ponto e levam o utilizador a percorrer vários passos até conseguir os dados da coordenada final
  • Mistery cache – são mistérios que o utilizador tem de resolver ou descobrir para obter a coordenada final
  • Fantasma – fisicamente não existem, normalmente basta tirar uma foto no local para provar que estivemos lá
  • Wherigo – começam num local e através de uma determinada aplicação (para Android recomendamos a WhereTouGo) e vamos percorrendo vários pontos até chegarmos à localização final

Para iOS a melhor aplicação é mesmo a oficial, mas para Android existe uma outra mais completa e (quase) sem limitações que se chama c:geo.

Esta atividade pode envolver alguns riscos (dependendo do terreno de cada cache), portanto recomenda-se que tenha em atenção as capacidades físicas de cada pessoa assim como os limites de cada um.

Alguns locais e fotografias editadas

Em qualquer fotografia deve-se evitar utilizar os filtros da aplicação. Além de retirar a credibilidade das fotos, não permite mostrar realmente o que vivenciámos no local. Portanto, é aconselhado que se utilize apenas as ferramentas de correção de cor. Esteja atento a todos os pormenores que o rodeiam porque às vezes as melhores fotografias surgem dos objetos mais comuns.

Palmela

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Palmela é uma cidade que merece uma visita ou um conhecimento aprofundado das redondezas. Com muito que fotografar e visitar, a cidade oferece paisagens únicas e algumas caches muito diferentes e originais.

As duas fotografias acima só precisaram de um pequeno toque das definições de edição. Maior contraste, menos luminosidade e sombras mais escuras para realçar o restante meio envolvente. E não é preciso mexer em mais do que estas definições para conseguir um bom resultado final e partilhar a experiência com os amigos. Um conselho para locais altos é focar um objeto mais próximo e aproveitar a paisagem como fundo ou então capturar todo o meio envolvente numa panorâmica que vai ganhar um aspeto semelhante às fotografias de câmaras com grandes angulares.

Quanto ao geocaching da região, sendo uma aplicação que funciona pela pesquisa do código ou pela visualização do mapa que está incluído nas duas aplicações sugeridas, deixamos uma lista com algumas das mais interessantes e diferentes:

Arredores de Lisboa

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Lisboa tem o encanto já conhecido por vários cantos do mundos, portanto sugerimos que espreite o que existe fora das zonas centrais da cidade.

Começando por um local que, apesar de estar bastante perto do centro da cidade, acaba por fugir do habitual e proporciona sempre um passeio agradável com muito que fotografar.

A fotografia da esquerda é um caso muito particular, por ser noturna. Pode ser uma grande dor de cabeça acertar com as definições corretas, por isso é importante que o smartphone tenha uma câmara com uma grande abertura (neste caso a câmara tem uma abertura de f/1.7 e foi utilizada a tecnologia presente de HDR) e haja uma mão firme no momento do disparo. Se for o caso de existir muita luz na fotografia, o truque é diminuir o brilho e aumentar as sombras para que o resultado seja mais agradável e com menos ruído .

Na fotografia da direita fomos até à Quinta do Boição, na zona de Bucelas, Loures. Um local que poucos conhecem mas que proporciona umas fotografias da natureza excelentes. Neste caso bastou ajustar o contraste e nada mais. Menos pode ser mais.

O geocaching das duas zonas é muito distinto. O Parque das Nações é mais citadino e as caches destacam-se pela originalidade, enquanto que em Loures a ideia é proporcionar uma caminhada no meio da natureza e dar a conhecer uma cascata perto da cidade.

Parque das Nações

Quinta do Boição

Sendo uma caminhada, recomendamos que a realizem pela ordem listada abaixo por uma questão de estacionamento, pois o percurso não é cíclico, então depois de percorrerem tudo é necessário voltar para trás pelo mesmo caminho.

Viseu

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Viseu é uma cidade histórica e com muitas aldeias em redor que, apesar de poderem ser pequenas, têm muito para mostrar e estão repletas de detalhes para fotografar.

Com o tempo chuvoso, um conselho é utilizar os efeitos da chuva a favor da fotografia. Na foto da esquerda foi aproveitado o facto de a rosa estar com gotas de água para obter um efeito mais brilhante e com mais detalhes. Aumentando os contrastes consegue-se um resultado mais destacado na fotografia.

Mas sendo uma cidade histórica o que não falta são locais para visitar. A Sé de Viseu proporciona algumas fotografias diferentes do normal devido ao estilo mais antigo e à iluminação no interior, que não precisa de flash para obter uma boa imagem e bons contrastes.

O geocaching na zona é variado, tanto pode acabar no meio do mato como em plena cidade. Por vezes as melhores vistas são em localidades fora do centro de Viseu.

Coimbra

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A cidade dos estudantes tem muito que ver e muito que fotografar também. Aproveite os jardins e as paisagens que a cidade oferece.

Nas duas fotografias o objetivo foi aproveitar a água para criar um efeito diferente do habitual. À esquerda não podia falhar uma fotografia com o reflexo da água que, em quase todas as ocasiões, proporciona um resultado diferente do esperado. Com uns retoques no contraste e uma redução na luminosidade é possível obter o reflexo do céu azul que não se conseguiu capturar no próprio céu. Já a fotografia da direita, com um aumento do contraste, as gotas de água ganham uma relevância maior na fotografia.

O geocaching da zona é, maioritariamente, turístico. É uma maneira diferente de conhecer a cidade, os jardins e, claro, as universidades que dão um ar único à cidade.

Estas são algumas cidades e algumas caches pelas quais passámos mas pode sempre verificar através do mapa das aplicações as restantes que estão à volta. Podem não impressionar, mas na busca não deixa de ter a sua graça.