O Presidente da República defendeu este domingo que é uma “prioridade nacional” estabilizar e consolidar o “sistema financeiro português”, apelando à determinação para que a economia possa garantir crescimento e emprego.

“É uma prioridade nacional a estabilização e a consolidação do sistema financeiro português”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa, no seu discurso no Palácio da Bolsa, no Porto, onde presidiu à entrega do Prémio Manuel António da Mota, que este ano distinguiu a Raríssimas – Associação Nacional de Deficiências Mentais e Raras.

Marcelo Rebelo de Sousa assumiu, todavia, que criar essa estabilização e consolidação do sistema financeiro português era um processo complicado. “É difícil”, reconheceu, apontando que quando menos se espera, “surgem obstáculos”.

“Aparecem contratempos, os mais inesperados? Aparecem”, pergunta e respondeu o Presidente da República, enumerando que esses contratempos podem aparecer “uns dias de manhã”, “outros dias à tarde”, “outros à noite”, ou “à noitinha”.

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Marcelo Rebelo de Sousa avisa ainda que o importa é que no dia seguinte é preciso “acordar e continuar o caminho, com determinação, sabendo exatamente que é uma prioridade nacional”, porque, assevera, “não há economia que possa garantir crescimento e emprego e, por isso, justiça social, senão tiver uma capacidade de financiamento que sustente esses imperativos e que passa pelo sistema financeiro”.

O Presidente da República entregou este domingo no Porto o Prémio Manuel António da Mota, no valor de 50 mil euros, à Raríssimas – Associação Nacional de Deficiências Mentais e Raras. A Raríssimas foi criada em 2002, tem a sede em Lisboa, e tem por missão “apoiar doentes e famílias que convivem de perto com as doenças raras, procurando entre outros objetivos a divulgação, informação e sensibilização pública sobre as doenças raras.

Com o seu “Espaço de Capacitação Rara”, a instituição vencedora do primeiro prémio desenvolve um projeto de “coaching e mentoring, apoio à capacitação e empregabilidade e um conjunto de ações de sensibilização e informação procurando, no primeiro eixo, a promoção da melhoria da qualidade de vida através de um programa individualizado de intervenção”.

A Associação Inspirar recebeu o terceiro prémio Manuel António da Mota, no valor de 10 mil euros, enquanto o segundo prémio Manuel António da Mota foi entregue à SAOM – Serviços de Assistência Organizações de Maria -, no valor de 25 mil euros.

“É bom que haja prémios como este, porque são, em si mesmo, pedagógicos para projetos de Solidariedade Social que todos os dias nascem ou se reformulam”, disse Marcelo Rebelo de Sousa, afirmando que o “Presidente da República de Portugal está eternamente grato” a instituições de Solidariedade Social.