A Procuradoria-Geral da República está a investigar a existência de um alegado esquema no qual um conjunto de agências funerárias pagam a agentes da PSP para serem recomendadas quando os polícias são chamados a tratar de um óbito. A notícia é do jornal Público, que cita um polícia que refere que “há agentes que recebem 400 a 600 euros por defunto”.

As primeiras suspeitas do pagamento destas comissões foram divulgadas pelo TugaLeaks em fevereiro, altura em que o site escreveu que tinha identificado 18 agentes de Almada e do Laranjeiro que, alegadamente, estavam envolvidos no esquema. O Ministério Público está a tentar perceber se, quando chamados a um local onde morreu alguém, os polícias recomendam uma agência específica que lhes paga por fora.

Não é obrigatório chamar as autoridades quando alguém morre por causas naturais. Ainda assim, muitos familiares optam por telefonar para o INEM, que informa a PSP do sucedido. No local, os agentes determinam se a morte é suspeita ou insuspeita. É neste último caso que podem recomendar uma agência funerária, com a promessa de que aquela é a que mais rapidamente trata de remover o cadáver.

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