Oitenta reumatologistas em oito hospitais públicos dão assistência a cerca de 60% da população portuguesa, segundo um estudo da Sociedade Portuguesa de Reumatologia que demonstra ainda que faltam serviços de reumatologia em centros hospitalares de grande dimensão.

Segundo dados do estudo Rheuma SPACE divulgados, esta terça-feira, os oito maiores serviços de reumatologia portugueses servem uma população de quase seis milhões de pessoas e são compostos por 80 reumatologistas, 20 internos e 30 enfermeiros, que em conjunto produziram mais de 105 mil consultas num só ano (tendo como referência o ano de 2014).

Além de especialistas de reumatologia, o estudo demonstrou que faltam também enfermeiros exclusivamente alocados à especialidade, segundo os coordenadores do projeto da Sociedade Portuguesa de Reumatologia.

Outra das conclusões exibe áreas do país “muito carenciadas na oferta de prestação de cuidados adequados a doentes reumáticos”, sobretudo tendo em consideração que cerca de metade da população portuguesa sofre de pelo menos uma doença reumática.

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O Alentejo é a área do país com maior carência, não estando coberta por serviços de reumatologia, sendo os doentes referenciados para outras unidades do país, segundo disse à agência Lusa Carla Macieira, uma das responsáveis pelo Rheuma Space.

O Algarve dispõe apenas de um serviço de reumatologia, em Faro, com um número muito reduzido de profissionais, segundo a mesma médica.

Alguns centros hospitalares de grande dimensão também não dispõem de serviços de reumatologia, como o Hospital Fernando da Fonseca (Amadora-Sintra), o Centro Hospitalar de Lisboa Central, o Hospital de Cascais, o Centro Hospitalar do Porto ou o Hospital da Senhora da Oliveira – Guimarães.

No entanto, no local onde há serviços de reumatologia, 80% dos doentes reumáticos estão satisfeitos com o atendimento prestado, emborrem mostrem preocupação com as condições físicas dos serviços (gabinetes e salas de espera).