O Conselho de Ministros reconheceu a importância das universidades seniores no aumento da qualidade de vida dos mais velhos e na promoção de envelhecimento ativo e saudável, segundo uma resolução publicada esta terça-feira em Diário da República.

“Os resultados da ação das academias ‘universidades seniores’ são inquestionáveis quanto ao bem-estar que propiciam, quer no reforço das perspetivas de inserção e participação social, quer na melhoria das condições e qualidade de vida das pessoas que as frequentam”, lê-se na resolução.

Por outro lado, a frequência destas estruturas proporciona benefícios a vários níveis, como mais conhecimentos, através do aumento da cultura geral e da perceção da melhoria contínua das capacidades de aprendizagem, e estilos de vida saudáveis, através da prática de exercício físico e de hábitos de alimentação equilibrada.

“As mais-valias não se situam apenas na manutenção de atividades de índole intelectual e física e na aquisição do conhecimento em si mesmo, sendo também primordial a sociabilização e manutenção de contactos sociais que as universidades seniores propiciam”, sublinha o Conselho de Ministros.

Com o número crescente destas universidades e dos seus alunos, o Conselho de Ministros considerou urgente fazer “o reconhecimento oficial” da sua importância “como respostas socioeducativas que visam criar e dinamizar regularmente atividades nas áreas sociais, culturais, do conhecimento, do saber e de convívio”, a partir dos 50 anos, “prosseguidas por entidades públicas ou privadas, com ou sem fins lucrativos”.

O reconhecimento oficial do trabalho destas universidades era há muito reclamado pela Rede de Universidades Seniores (RUTIS), que em maio de 2014 lançou uma petição pública para que o Governo reconhecesse oficialmente o seu “papel social”.

Já existem cerca de 300 universidades e academias seniores nos pais, que são frequentadas por cerca de 45 mil alunos maiores de 50 anos.

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