Pelo menos 29 pessoas morreram na terça-feira na Síria em ataques aéreos e de artilharia por parte do governo em zonas do leste da cidade de Alepo, controladas pelos rebeldes, informou, esta quarta-feira, o Observatório Sírio dos Direitos Humanos. A organização não-governamental indicou que há dezenas de feridos, alguns graves, pelo que não descarta a hipótese de o número de mortos poder aumentar.

O Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICR) estima que cerca de 20.000 pessoas tenham fugido nas últimas 72 horas das suas casas naquela localidade.

As forças governamentais sírias avançaram na terça-feira por dois distritos do sudeste da cidade, que fica no norte do país, numa tentativa de manter o aeroporto de Alepo, controlado pelo exército, e a estrada que leva até ele. Nos dias anteriores progrediram pelo nordeste, onde arrebatam às fações islâmicas e rebeldes o domínio de 11 bairros.

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) vai reunir-se, esta quarta-feira, de urgência para debater a situação no leste de Alepo, por solicitação de França, informaram na terça-feira fontes diplomatas. Para o embaixador francês, François Delattre, “a França e os seus parceiros não podem permanecer silenciosos face ao que poderá ser um dos maiores massacres de civis desde a Segunda Guerra Mundial”.

Os 15 embaixadores do Conselho vão ouvir um relatório sobre a situação em Alepo apresentado pelo responsável pelas situações humanitárias da ONU e pelo mediador da ONU para a Síria, Staffan de Mistura. A reunião deve começar imediatamente depois de uma sessão do Conselho de Segurança consagrada à adoção de uma resolução que reforça as sanções contra a Coreia do Norte, que está prevista para as 19h locais (14h de Lisboa).

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